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Meo sobe preços em fevereiro. Nos e Vodafone mantêm incógnita
Dos três principais operadores de telecomunicações, apenas a Altice - dona da Meo - confirmou que haverá subida de preços em 2023. A Nos e Vodafone mantêm incognita, enquanto a Nowo diz não ter prevista qualquer atualização para o início do próximo ano.
O novo ano vai trazer um aumento de preços nas telecomunicações, pelo menos para os clientes da Meo. Até à data da publicação deste artigo, só a operadora detida pela Altice deu como certo que o novo ano trará nova mexida nos preços. A Nos e a Vodafone dizem não ser ainda possível antecipar se os preços vão aumentar, enquanto a Nowo garante que não estão previstas atualizações para o início do próximo ano.
No caso da Meo, a atualização dos preços será feita a partir de fevereiro. "A Meo vai proceder à atualização dos preços a partir de fevereiro, com base no Índice de Preços no Consumidor, sendo que os clientes que têm apenas voz fixa e os clientes com plano de reformados estão excluídos deste aumento", esclareceu a fonte oficial da empresa ao Negócios, confirmando a indicação dada pela CEO da Altice, Ana Figueiredo, à Lusa, em outubro.
"De recordar que esta atualização está prevista nos contratos dos nossos clientes, desde 2018, e é uma prática comum na indústria e no nosso setor, assente na previsibilidade e transparência para os clientes", acrescenta a antiga Portugal Telecom.
Em 2021, a operadora anunciou uma subida dos preços para 2022 em 0,50 cêntimos, mas este ano o Governo prevê que a inflação seja de 7,4%, pelo que, se atualizados com base no Índice de Preços no Consumidor, o aumento dos preços poderá ir até aos quatro euros em alguns pacotes.
"A esta data, não é possível antecipar a expressão ou 'timings' de eventuais alterações de preços", respondeu fonte oficial da Vodafone Portugal ao Negócios, detalhando, contudo, que "o setor é fortemente impactado pela inflação", em particular pelos custos da energia e dos combustíveis.
"Este aumento de custos tem impacto acrescido num momento em que a Vodafone está a desenvolver múltiplos planos de modernização da rede e de implementação do plano de obrigações de cobertura 5G", adianta a empresa, apontando que a expressiva taxa de inflação tem colocado "enormes desafios internos de forma a evitar refletir esses impactos nos preços dos serviços". Esforço esse que, salienta a operadora liderada por Mário Vaz, "não é compatível com a expressão da taxa de inflação ou com o seu caráter de médio-longo prazo".
Da parte da Nos, a resposta é também de que ainda não é possível antecipar se haverá uma atualização de preços em 2023.
Já a Nowo, que aguarda luz verde da Autoridade da Concorrência para ser comprada pela Vodafone, assume que "não tem prevista uma atualização de preçários dos serviços para os seus atuais clientes no início do ano", sublinhando que "a premissa de garantir que não há um aumento é para o início do ano, sob esta administração".
O preço praticado pelos operadores em Portugal tem sido um dos pontos mais criticados pelo regulador das comunicações, que os vê como muito elevados. Apesar de poderem alterar os preços, os operadores devem fazê-lo de forma clara e com 30 dias de antecedência.