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Governo brasileiro diz que não há acordo para comprar Tim e avisa que regulador pode chumbar o negócio

O ministro das Comunicações brasileiro critica a ideia de dividir a Tim entre as operadoras Oi, Claro e Vivo: "Acho ruim a ideia de sumir com uma empresa do mercado", afirmou Paulo Bernardo.

Bloomberg
05 de Novembro de 2014 às 14:38
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Não há acordo tripartido para comprar e dividir a Tim. A garantia foi dada pelo ministro das Comunicações do Brasil que considera que a partilha dos despojos da operadora da Telecom Italia pode vir a ser chumbada pelos reguladores.

 

"Conversei com os dirigentes das empresas [Oi, Claro e Vivo] e todos negaram as últimas notícias, de que fecharam um acordo" para comprar e dividir a Tim, disse Paulo Bernardo esta quarta-feira, 5 de Novembro.

 

O ministro não vê com bons olhos o fim da Tim - a operadora móvel detida pela Telecom Italia. "Acho ruim a ideia de sumir com uma empresa do mercado. Vender a empresa, transferir, isso é normal, acontece".

 

"Eu acho que, se as empresas tivessem confirmado que fizeram um acordo, ia haver uma confusão enorme. Acha que o Cade (regulador económico) e a CVM (polícia de bolsa) vão ficar quietos? Não acredito", apontou.

 

A compra da TIM pelas três operadoras implicaria a posterior partição da empresa.  A Claro (da mexicana América Móvil) ficaria com uma fatia de 40%, a Vivo (da Telefónica) com 32% e a Oi com 28% da segunda maior operadora móvel do país que é detida pela Telecom Italia, conforme avançou o jornal Folha de São Paulo na passada semana.

  

O ministro acusou as empresas financeiras de terem um especial interesse no negócio de forma a ganharem comissões. "Acho que existe uma componente muito forte do mercado financeiro, interessado em participar do negócio e ganhar uma boa quantia de comissões", acusou.

 

"O governo não vai ajudar a alimentar especulações. O governo não está no ramo de corretagem de empresas de telecomunicações", garantiu.

 

A venda da PT Portugal - dona da Meo - tem sido apontada como necessária para a Oi avançar para a compra de parte da TIM. A francesa Altice apresentou recentemente uma proposta de sete mil milhões de euros. No entanto, os fundos Apax Partners, CVC Capital e Bain Capital podem avançar para uma proposta conjunta pela empresa detida pela Oi.

 

Já o líder da TIM veio hoje a público garantir que a sua empresa pretende continuar a ser "protagonista" no mercado brasileiro, por actualmente deter uma posição sólida e invejável", afirmou Rodrigo Abreu. O executivo brasileiro negou também a existência de qualquer proposta, negociação ou acordo com a Oi, Claro e Vivo.

 

Ao mesmo tempo, os pequenos accionistas da Telecom Italia (1% do capital social da empresa) defendem a fusão da TIM com a Oi, operação que deveria ser acompanhada de um pequeno aumento de capital.

 

A Oi está a cair 0,79% para 1,26 reais na bolsa de São Paulo, enquanto a Portugal Telecom sobe 4,68% para 1,253 euros em Lisboa.

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