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Belmiro de Azevedo: "A história da PT há-de ser contada"
Belmiro de Azevedo diz que nunca contou a história por detrás da oferta pública de aquisição (OPA) da Sonaecom sobre a PT e que está "à espera que os jornalistas investiguem".
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"A história da PT há-de ser contada pelos jornalistas", afirmou esta quinta-feira, 9 de Outubro, Belmiro de Azevedo quando questionado sobre o que está a acontecer actualmente com a operadora de telecomunicações.
"Estou à espera que jornalistas investiguem. Não posso contar a história", acrescentou o responsável. "Se nunca disse o que se passou" não seria agora que o faria, numa altura em que os "jornalistas têm matéria suficiente" para escrever sobre o tema.
"Quem tem responsabilidades de investigar direitinho é a comunicação social", acrescentou.
"Na altura da OPA foi-nos dito uma coisa simples. Há três coisas que têm de resolver sozinhos e nós resolvemos. A comunicação social, passar na concorrência e ganhar na AG. Perdemos na quarta coisa que não era para ser cumprida, que inventaram."
Recorde-se que a Sonaecom lançou, em 2006, uma OPA sobre a PT, tendo merecido a oposição da administração. A operação acabou mesmo a ser vencida na assembleia geral, depois dos accionistas chumbarem a alterações dos estatutos, o que era essencial para a operação seguir em frente.
Oito anos depois, o mercado de telecomunicações sofre mudanças significativas. A Optimus e a Zon Multimédia fundiram-se e a PT fez o mesmo com a brasileira Oi.
Nos últimos meses, as notícias em torno da PT e da Oi têm-se multiplicado devido ao investimento de 900 milhões de euros realizado em papel comercial da Rio Forte por parte da PT. Um investimento realizado numa empresa do Grupo Espírito Santo (GES) e que nunca o reembolsou. Esta operação ditou mesmo a perda de força do lado da PT, com a operadora nacional a ver a sua participação na Oi reduzida para cerca de 25%.
Entre as últimas novidades está a saída de Zeinal Bava da Oi, numa altura em que as notícias de interesse da Oi em vender a PT Portugal – empresa que detém os activos operacionais em Portugal – também se multiplicam.