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Administrador da Ibersol: PT dá imagem “terceiro-mundista” de Portugal

Alberto Teixeira considera "preocupante" a situação da PT, por gerar "um problema de credibilidade" para todas as empresas nacionais. O escândalo no BES, isolado, só terá "influência indirecta" para a Ibersol.

Paulo Duarte/Negócios
09 de Outubro de 2014 às 18:27
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O administrador da Ibersol não esconde os receios de contaminação do caso da PT na reputação das empresas portuguesas nos mercados externos, sobretudo por se tratar de uma empresa considerada "de referência" no País. "É preocupante. (...) É complicado. É um problema de credibilidade, de a gente sentir que diz as coisas e as pessoas não acreditarem".

 

Em declarações ao Negócios e à Lusa, no Porto, Alberto Teixeira sustentou que "ficámos todos mal, como portugueses". "Face ao exterior põe-nos assim numa situação um bocado terceiro-mundista. Por tudo. [Os estrangeiros] olham com atenção para o que se faz cá. E quando vamos [a outros países], a forma como as pessoas olham para Portugal, [por causa deste tipo de] situações e de casos, não deixa de ser relevante", detalhou.

 

Este empresário, que em conjunto com António Pinto de Sousa explora várias marcas de "fast-food" em Portugal, lembrou que "há uns anos [a PT] podia ter seguido um caminho um pouco diferente, noutro sentido". Se a OPA da Sonae tivesse vingado, acrescentou, a telefónica portuguesa "seria uma organização diferente", pois a empresa liderada agora por Paulo Azevedo "tem a sua própria cultura, a sua própria forma de estar".

 

É sensível à questão dos centros de decisão nacionais? "É evidente. Mas isso, quando a gente começa a vender, depois não pode querer mandar. É uma opção que se faz. (...) Acho que devemos aprender e [daqui em diante] ver se conseguimos fazer as coisas um pouco melhor", respondeu Alberto Teixeira.

 

Sobre as implicações do escândalo no Grupo Espírito Santo, o empresário nortenho sublinhou que "todos vamos sentir as influências indirectas". Directamente não haverá "grande impacto" para a Ibersol, argumentando que os lucros têm sido "grande parte deles" reinvestidos na própria empresa". "Sempre foi gente [no BES] que nos tratou muito bem, tenho que o dizer. Não temos nada a dizer das pessoas, antes pelo contrário. Agora, o processo em si é aquele que todos conhecem", concluiu.

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