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Bayard Gontijo: "Sem a Oi, a consolidação não acontece"
O presidente interino da Oi, Bayard Gontijo, falou com o jornal Estado de São Paulo e assegurou que a companhia "não está desgovernada".
Bayard Gontijo, presidente interino da Oi, assegurou ao jornal brasileiro que a reestruturação da companhia continua e que esta será uma protagonista no movimento de consolidação [do mercado de telecomunicações brasileiro]. O responsável, que substitui Zeinal Bava à frente da operadora brasileira, disse que "sem a Oi, a consolidação não acontece".
O até então administrador financeiro disse acreditar que a empresa tem todas as condições para enfrentar os desafios. "Tenho história e experiência no sector, isto aqui não é uma aventura", acrescentou Bayard Gontijo.
"O navio não está desgovernado", sublinhou o responsável, contando que os accionistas brasileiros não têm pressa para procurar um novo executivo.
Quanto ao futuro, o presidente da Oi refere que "há ajustes naturais", no entanto as iniciativas de Zeinal Bava serão mantidas. "Aos poucos vamos fazer mudanças que achamos que são importantes", disse.
A preocupação da empresa será "o ataque" do endividamento através do corte de custos e do investimento. A Oi vai apostar em investimentos com retorno a curto e médio prazo, refere o seu presidente.
No que concerne à fusão com a Portugal Telecom, Bayard Gontijo reiterou o que foi dito esta segunda-feira pela Oi, em comunicado: o processo vai continuar.
Já no que toca à venda de activos, o gestor refere que a Oi vai vender "os activos que os accionistas entendam adequados ao movimento de consolidação".
Em particular à venda da PT, o jornal brasileiro refere, citando fonte próxima do processo, que além da Altice existem outros interessados.
A mesma publicação explica que a contratação do BTG tem como principal objectivo encontrar um plano de financiamento para a operação de consolidação que a Oi pretende executar.
No cenário mais abrangente, o Estado de São Paulo noticia que o processo de consolidação poderá unir a Claro da America Móvil e a Vivo para a aquisição da TIM. No entanto, as duas operadoras também poderão abrir o seu leque de interesse e olhar para a Oi. "Estamos animados para um acordo que poderá acontecer em breve", disse fonte, citada pelo jornal.
A saída, na semana passada, de Zeinal Bava da presidência executiva da Oi desencadeou um conjunto de especulações em torno do acelerar da possível venda da PT Portugal e do risco da fusão entre a PT e a Oi não acontecer.