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Bancos brasileiros BNDES e BTG Pactual vão ficar com mais peso na Oi

A revisão do acordo de fusão entre a Oi e a Portugal Telecom vai permitir aos dois bancos ganhar maior peso na futura empresa. A PT viu a sua participação cair dos 37,4% para os 25,6% devido à dívida do Grupo Espírito Santo, mas só tem direitos de voto equivalentes a 7,5% do capital.

23 de Setembro de 2014 às 14:52
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Depois da alteração do acordo de fusão com a Portugal Telecom, dois bancos brasileiros vão ficar com maior peso na operadora Oi.

 

Na nova empresa que vai nascer - denominada por agora de CorpCo. - o BNDESPar vai ficar com 5,8% e o BTG com 4,36%, segundo avança o jornal Estado de São Paulo. 

 

O BNDESPar é controlado pelo banco público de investimento BNDES e entrou no capital da empresa na vaga de privatizações nas telecomunicações no final da década de 90.

 

O BTG Pactual é accionista da Oi através do fundo Caravelas que detém 7,7% do capital da empresa. Esta fatia também inclui as participações do fundo Atlântico (dos trabalhadores da Oi), da La Fonte Telecom (do grupo Jereissati) e do grupo Andrade Gutierrez.

 

Já os fundos brasileiros Previ, Petros, Funcef e Fundo Atlântico vão ficar com até 16% do capital. Contas feitas, estes investidores brasileiros vão ficar com 33,86% do capital da Oi. Outro dos accionistas de referência vai ser o fundo canadiano Ontario com 6,1%.

 

Estes bancos vão assim ganhar maior peso depois da participação da Portugal Telecom ter sido reduzida dos 37,4% para os 25,6% com o novo acordo aprovado pelos accionistas da PT na assembleia geral de 8 de Setembro. Apesar de deter um quarto da empresa, os direitos de voto da PT equivalem somente a 7,5% do total do capital.

 

A mudança teve lugar depois da Portugal Telecom comprar 897 milhões de euros em dívida da Rioforte - do Grupo Espírito santo (GES). O GES entrou depois em incumprimento de pagamento depois de não ter efectuado o reembolso.

 

Esta fusão entre a PT e a Oi deverá estar terminada no primeiro trimestre de 2015. A empresa liderada por Zeinal Bava é a quarta maior operadora telefónica do Brasil, mas acumula um passivo elevado com dívidas de 46,2 mil milhões de reais (14,9 mil milhões de euros).

 

O mercado brasileiro de telecomunicações - o maior da América Latina - tem estado ao rubro. A Oi está interessada em comprar a operadora Tim, detida pela Telecom Italia e tem estado a estudar esta aquisição. O negócio pode vir a avançar após a venda dos 25% que a Oi detém na operadora angolana Unitel.

 

Mas entretanto começaram a surgir rumores no mercado que a Telecom Italia não iria ser comprada pela Oi, mas iria sim avançar para a compra da operadora liderada por Zeinal Bava. A notícia acabou por ser entretando desmentida pela própria Telecom Italia.

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