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Assembleia-geral da Pharol com 43% do capital representado
A assembleia-geral da Pharol (ex-PT SGPS), que está a decorrer esta sexta-feira, 31 de Julho, conta com 43% do capital representado. A aprovação de processos contra ex-gestores da PT envolvidos nas aplicações do GES é o único ponto da agenda.
Cerca de 43% do capital social da Pharol está presente na assembleia-geral que está a decorrer esta sexta-feira, 31 de Julho. Uma percentagem superior à anterior reunião magna. A última que decorreu a 31 de Março, e visava a aprovação de contas, alteração de nome e sede e a aprovação do novo conselho de administração contou com cerca de 37% do capital social.
A assembleia-geral de Janeiro, tinha como ponto único a decisão de venda da PT Portugal à Altice, contou com perto de 50%.
A reunião magna que está a decorrer esta sexta-feira no hotel Sheraton tem como ponto único a votação da proposta do Conselho de Administração da Pharol, agora liderado por Luís Palha da Silva, em avançar com processos contra ex-administradores da PT do triénio 2012-2014, envolvidos directa ou indirectamente nas aplicações do grupo Espírito Santo, como na ESI e Rioforte. A última, levou a um incumprimento de 900 milhões de euros que, por sua vez, conduziu à renegociação dos termos da combinação de negócios com a operadora brasileira Oi.
A Pharol não divulgou os nomes dos gestores em causa. Mas os antigos presidentes executivos da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o ex-CFO Luís Pacheco de Melo e Joaquim Goes e Amílcar Morais Pires, antigos quadros do BES e ex-administradores da operadora, têm sido alguns dos nomes envolvidos na polémica aplicação financeira.
Mas esta não é a única acção judicial em cima da mesa. Em Maio, a Pharol anunciou que iria avançar com um processo contra a Deloitte, ex-auditor externo do grupo. Os documentos já estão todos reunidos, mas devido às férias judiciais (15 de Julho a 30 de Agosto) só deverá avançar em Setembro.
A opção de avançar com estas acções, quer contra a Deloitte, quer contra os ex-administradores, teve como base as informações fornecidas pelo Banco de Portugal, pela auditoria da PricewaterhouseCoopers, bem como pela análise pedida pela ex-PT SGPS a uma sociedade de advogados sobre as responsabilidades resultantes dos investimentos realizados em entidades do GES.
Esta é a primeira assembleia-geral desde que a sociedade gestora de participações sociais mudou de nome para Pharol e alterou a sua sede do histórico edifício de Picoas, onde decorreram quase todas as reuniões magnas, para as Amoreiras.
Após o início do encontro, o representante de Henrique Granadeiro propôs a sua suspensão. A proposta foi, porém, rejeitada com cerca de 99% dos votos do capital representado.
Neste momento, os trabalhos da assembleia geral continuam, com Luís Palha da Silva a discursar.
(Notícia actualizada às 15h48)