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Apax Partners e Bain capital sondaram Telecom Italia para avançar para a Oi

O plano seria fazer uma fusão entre a Oi e a TIM, mas antes a PT Portugal seria vendida, avança a imprensa italiana que sublinha que a operação pode ter o veto da Portugal Telecom se accionistas portugueses não tiverem uma palavra a dizer no futuro da empresa dona da Meo.

06 de Novembro de 2014 às 11:42
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Os fundos Apax Partners e Bain Capital estiveram em conversações com a Telecom Italia para avançar para a Oi. O plano seria fazer uma fusão entre a Oi e a TIM, conforme avança o jornal italiano Il Sole 24 Ore esta quinta-feira, 6 de Novembro. A TIM é a segunda maior operadora móvel brasileira e é detida em mais de 60% pela Telecom Italia.

 

Mas antes da fusão avançar, os activos da Oi em Portugal - a PT Portugal, dona da Meo - seriam vendidos, de forma a tornar a Oi menos pesada para esta operação.

 

Mas a Portugal Telecom - que detém 39% da Oi, sendo o seu maior accionista - tem uma palavra a dizer na operação e pode vetar o negócio. Isto pode acontecer se os accionistas portugueses não forem envolvidos na reorganização da PT Portugal - que conta com uma oferta de sete mil milhões de euros por parte da Altice e com outros potenciais interessados, como Apax, Bain e CVC.

  

"Em Lisboa, é grande a tentação de cancelar o casamento com os brasileiros a um passo do altar e recuperar a independência da empresa portuguesa que, além de ser bem gerida tem tecnologia de fibra óptica", escreve o jornal italiano.

 

Estes dois fundos - Apax Partners e Bain Capital - em conjunto com o CVC Capital, preparam-se para apresentar uma oferta de sete mil milhões de euros pela PT Portugal de forma a rivalizar com a proposta da francesa Altice.

 

Em caso de fusão entre a Oi e a TIM, a essência brasileira da empresa seria assegurada através do papel dado ao BNDES. O banco público teria assim um lugar de destaque na liderança da companhia.

 

Através da venda da PT Portugal, a Oi pode ficar com dinheiro suficiente para avançar para a consolidação no mercado brasileiro. Uma das opções é a Oi avançar em conjunto com a Claro e a Vivo para a compra da TIM, conforme já avançou a imprensa brasileira.

 

A ideia seria depois fatiar a empresa entre as três operadoras: a Claro (da mexicana América Móvil) ficaria com 40%; a Vivo (da Telefónica) com 32%; a Oi com 28%.

 

O presidente da TIM veio ontem a público garantir que a operadora quer ter um papel principal na consolidação do mercado brasileiro. "Temos uma posição sólida e invejável no mercado de telecomunicações e, em qualquer tipo de hipótese, queremos ser protagonistas", disse Rodrigo Abreu, citado pela Bloomberg.

 

No entanto, o Governo brasileiro avisa que o negócio pode vir a ser chumbado pelos reguladores, apesar de não revelar quais poderiam ser as razões para a reprovação da partição da TIM.

 

"Eu acho que, se as empresas tivessem confirmado que fizeram um acordo, ia haver uma confusão enorme. Acha que o Cade [regulador económico e da concorrência] e a CVM [polícia da bolsa] vão ficar quietos? Não acredito", disse o ministro das Comunicações brasileiro na quarta-feira, 6 de Novembro.

 

Paulo Bernardo considera ser "ruim a ideia de sumir com uma empresa do mercado" e afirmou que teve a garantia da Oi, Claro e Vivo que não há nenhum acordo para a compra da TIM.

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