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Regulador brasileiro pediu à Oi para refazer plano de recuperação judicial
A Anatel pediu à operadora para refazer o plano de recuperação judicial por ter algumas dúvidas sobre a “fiabilidade temporal” da versão apresentada. E considera que a Oi necessita de mais garantias de capital.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pediu à operadora que tem a Pharol como maior accionista para refazer o plano de recuperação judicial, que deverá ser submetido a assembleia geral de credores entre Setembro e Outubro.
Depois dos membros do regulador se terem reunido com alguns administradores da Oi, entre os quais Luís Palha da Silva, foram levantadas algumas dúvidas sobre "a fiabilidade temporal" do plano de recuperação apresentado pela Oi.
Segundo um comunicado emitido pela Anatel após o encontro, que decorreu na terça-feira, a Oi prevê o encaixe de 8 mil milhões de reais (2 mil milhões de euros), seja através de "aporte financeiro directo" ou por aumento de capital.
Um valor que a Anatel não considera suficiente, considerando que é "necessário aporte efectivo de capital novo à empresa".
O regulador sublinha ainda que apesar de reconhecer que a versão do plano ainda possa ser reavaliada, "apresenta margem para questionamento sobre sua fiabilidade temporal e de garantias de aporte de capital".
Por estas razões, no final da reunião, pediu "a apresentação de versão reformulada do plano de recuperação judicial, o que será objecto de ofício para tal fim", lê-se no mesmo documento.
A Anatel é uma das maiores credoras da Oi. A operadora, controlado em 22% pela Pharol, acumulou multas de cerca de 11 mil milhões de reais (cerca de 3 mil milhões de euros).