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Oi aprova aumento de capital de 2,2 mil milhões de euros
A Oi pretende aplicar o montante angariado com o aumento de capital no reforço do investimento. A operação ainda tem de ser aprovada pelos credores.
O conselho de administração da Oi aprovou esta quarta-feira, 19 de Julho, um aumento de capital de 8 mil milhões de reais (2,18 mil milhões de euros), no âmbito do plano delineado pela empresa para sair do processo de recuperação judicial.
Num comunicado emitido ao mercado, a operadora brasileira controlada em 22% pela Oi diz que "hoje foram aprovadas as linhas gerais das propostas de alterações para o Plano de Recuperação Judicial da Oi, permitindo que a diretoria [conselho de administração] da Oi negocie com seus credores alterações nos termos protocolados na Justiça".
Esse plano passa por efectuar um aumento de capital de 8 mil milhões de reais (2,18 mil milhões e euros), que tem como foco "principalmente novos projectos de banda larga e cobertura de rede móvel".
A Oi vai agora contratar assessores legais e financeiros para viabilizar o aumento de capital, sendo que este tem ainda que ser aprovado pelos diversos órgãos sociais da empresa, com detaque para a assembleia geral de credores, que está marcada para Setembro de 2017.
"Vamos buscar o aumento de capital porque fortalece o balanço da companhia e permite um novo ciclo de investimento e expansão para a Oi", refere o presidente da operadora brasileira, Marco Schroeder, citado no comunicado, acrescentando que agora a "directoria executiva da Oi buscará junto aos credores o apoio necessário para viabilizar a aprovação do plano de Recuperação Judicial na assembleia prevista para Setembro".
O aumento de capital, cujos termos ainda não são conhecidos, provocará uma forte diluição na posição dos accionistas que não participarem no aumento de capital.
Palha da Silva disse em Junho, quando já se falava de um aumento de capital de 8 mil milhões de reais, que a Pharol vai avaliar se participará na operação, mas não teme ver a sua posição diluída.
De acordo com o Valor Econômico, o aumento de capital poderá ser dividido em duas ou três parcelas ao longo de um período de até três anos.