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Salesforce aproveita visita de Macron aos EUA para anunciar investimento de 1,8 mil milhões em França
A Salesforce anunciou esta terça-feira, dia em que o presidente francês iniciou uma visita oficial aos EUA, um investimento de cerca de 1,8 mil milhões de euros em França.
A empresa norte-americana de software anunciou hoje que irá investir 2,2 mil milhões de dólares (1.797 milhões de euros ao câmbio actual) na sua unidade em França nos próximos cinco anos.
A Salesforce é a mais recente empresa dos EUA a reforçar fortemente o investimento em França, naquilo a que os media norte-americanos chamam de "relação amorosa" da América empresarial com o presidente francês, Emmanuel Macron.
"No contexto da sua visita de Estado aos EUA, a Salesforce anunciou ao president Macron um investimento de mais de 2,2 mil milhões de dólares na unidade francesa da empresa nos próximos cinco anos", refere um comunicado da Salesforce.
A Salesforce refere que tem registado um forte crescimento no mercado francês e planeia aumentar de forma significativa o número de trabalhadores, escritórios e a capacidadade dos seus centros de dados em França.
A empresa de software segue os passos de outras multinacionais norte-americanas como a Google, Facebook e General Mills, que aumentaram significativamente os seus investimentos em terras gaulesas após a eleição de Macron, em Maio do ano passado.
Macron, um ex-banqueiro de investimento, tem pressionado para implementar reformas sociais e económicas para modernizar a economia francesa e tornar França mais atractiva para os investidores estrangeiros.
A agenda de Macron já resultou numa maior flexibilização das leis laborais – facilitando a contratação e os despedimentos - bem como a redução de impostos sobre o capital.
Recentemente, Macron anunciou um ambicioso plano de 1.500 milhões de euros para tornar França líder na Inteligência Artificial.
No ano passado, o número de projectos de investimento estrangeiro em França atingiu o valor mais elevado numa década, com os EUA a serem o principal país a investir na economia gaulesa.
A "veia reformista" de Macron, contudo, tem desgastado a sua imagem junto dos franceses. Ao fim de um ano no poder, Macron divide practicamente a meio a opinião pública francesa, com 52% dos franceses inquiridos numa sondagem para o Les Echos a considerarem a sua eleição uma "má escolha".