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Luso-britânica Farfetch passa de perdas a lucros e aumenta receitas em 33%

A Farfetch apresentou as contas do terceiro trimestre esta quinta-feira.

Paulo Duarte
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A plataforma de comércio de moda de luxo registou receitas de 583 milhões de dólares no seu terceiro trimestre fiscal, terminado a 30 de setembro, o que correspondeu a um aumento de 33% face ao período homólogo do ano passado.

A empresa reportou também, esta noite, lucros após impostos de 769,1 milhões de dólares, contra perdas de 536 milhões um ano antes. Este resultado líquido positivo inclui um benefício não monetário de 901 milhões de dólares – que decorre do impacto positivo que a queda dos preços das ações neste período teve sobre as obrigações convertíveis emitidas pela Farfetch.

 

A isto equivaleu um lucro por ação de 2,09 dólares, contra uma perda de 1,58 dólares no mesmo trimestre do ano passado.

 

Em termos ajustados, a empresa teve um prejuízo por ação de 0,14 dólares, o que significou uma melhoria face à perda de 0,17 dólares por ação no terceiro trimestre de 2020.

 

Também o EBITDA ajustado melhorou, ao passar de 10,3 milhões de dólares negativos para 5,3 milhões positivos entre julho e setembro deste ano.

Já o valor bruto das mercadorias (GMV – Gross Merchandise Value) ultrapassou os mil milhões de dólares no trimestre, com um crescimento de 28% em relação ao mesmo período de 2020.

O português José Neves – fundador, chairman e CEO da Farfetch – disse estar empolgado com o facto de a empresa ter prosseguido o historial de captura agressiva de quota de mercado.

 

"Estamos a assistir a uma forte tração da indústria [da moda de luxo] por detrás da nossa estratégia para a plataforma. Mais de 1.400 marcas e retalhistas estão não só a listar mais produtos de luxo do que nunca como estão também a fazer subir para níveis recorde as receitas da Farfetch Media Solutions, em reconhecimento do nossos clientes altamente valiosos", referiu na apresentação das contas.

As ações da empresa, cotada desde setembro de 2018 na bolsa de Nova Iorque, encerraram a sessão regular desta quinta-feira a somar 1,06% para 45,59 dólares, mas seguem agora a recuar 23,2% para 35 dólares no "after hours".


Na passada sexta-feira, 12 de novembro, a empresa viu as ações chegarem a disparar mais de 20% na sessão em Wall Street, num dia em que anunciou que estava em conversações para alargar a parceria com a rival suíça Richemont, gigante dos relógios e joalharia e dona da Cartier e daquela que é apontada como uma das rivais da empresa luso-britânica, a Yoox Net-a-Porter.

A empresa confirmou, através de um comunicado de imprensa, estar em "discussões com a Richemont em relação a uma potencial expansão da sua parceria estratégica existente Luxury New Retail".

Há cerca de um ano, a Farfetch arrecadou um investimento de 1.150 milhões de dólares (cerca de 971 milhões de euros) feito pela gigante tecnológica Alibaba e pela Richemont. 

A Farfetch, que está sediada em Londres, está presente em diversos mercados globais, inclusive no mercado chinês, onde marca presença no Tmall Luxury Pavilion da Alibaba, com acesso a 779 milhões de clientes. A Farfetch foi criada em 2007.
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