Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Farfetch ocupa “vale” em Matosinhos com hotel e lápis dinamarquês

A empresa liderada por José Neves escolheu Bjarke Ingels para projetar o “Fuse Valley”. Além dos “escritórios do futuro” da Farfetch, o projeto promovido com o Castro Group inclui outros edifícios, serviços e até um hotel.

17 de Julho de 2021 às 19:28
  • ...

Chama-se "Fuse Valley", vai ocupar uma área total com perto de 140 mil metros quadrados e, além dos futuros escritórios da Farfetch no Norte de Portugal – atualmente divididos entre a Lionesa e a Boavista, vão preencher metade do novo espaço –, o "vale tecnológico" que a plataforma para a indústria da moda de luxo está a promover em Matosinhos vai incluir também outros edifícios de escritórios, serviços e uma unidade hoteleira.

 

Previsto para um terreno em Leça do Balio que a multinacional fundada em 2007 pelo português José Neves comprou por 15 milhões de euros, o projeto que promete ser "uma revolução no conceito de espaço de trabalho e um marco arquitetónico e paisagístico" vai ser promovido em parceria com o Castro Group, constituído por oito empresas que atuam nas áreas da promoção imobiliária, construção e gestão de ativos.

 

"Este foi um concurso que abraçámos com a Farfetch e que nos deixou muito entusiasmados. A localização e as valências deste projeto, associadas a uma arquitetura de olhos postos no futuro e na sustentabilidade do planeta, fazem do Fuse Valley a fusão perfeita entre empresas, pessoas, cultura, arte e comunidade", sublinhou o CEO do Castro Group, Paulo Castro, citado numa nota de imprensa que prevê a inauguração até 2025.

 

Paulo Castro, CEO do Castro Group.
Paulo Castro, CEO do Castro Group. DR

 

Para projetar os seus "escritórios do futuro", a Farfetch escolheu o conhecido arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels, 46 anos, que venceu um concurso em que participaram outros cinco gabinetes nacionais e internacionais. O profissional que trabalhou em Roterdão com Rem Koolhaas, autor da Casa da Música (Porto), vai "unir todos os aspetos da organização da Farfetch - o negócio, a arte e a tecnologia - numa vila criativa sob um único telhado".

 

Os detalhes só vão ser apresentados publicamente em setembro, mas a empresa luso-britânica já divulgou uma imagem e o sócio fundador e diretor criativo do grupo BIG, autor da famosa Lego House, em Billund (Dinamarca), descreveu um projeto em que "os pátios conectados e os jardins em cascata estendem o ambiente de trabalho ao ar livre, fazendo da Farfetch uma extensão integral da paisagem natural original e da cultura urbana local".

 

Este projeto vai ser uma revolução sobre aquilo que são os conceitos atuais de espaços de trabalho, marcado pelo cunho futurista, pela orientação para a sustentabilidade e para o bem-estar. José Neves, CEO da Farfetch

 

"Estamos muito entusiasmados com este projeto e com a visão que o Bjarke Ingels nos apresentou, não só pelo que vai significar como marco para a empresa, para as nossas pessoas, mas também para a comunidade. Este projeto com o BIG vai ser uma revolução sobre aquilo que são os conceitos atuais de espaços de trabalho, marcado pelo cunho futurista, pela orientação para a sustentabilidade e para o bem-estar", sublinhou o CEO da Farfetch, José Neves.

 

Lançado em 2008, o marketplace da Farfetch liga atualmente clientes em mais de 190 países a produtos de cerca de 1.200 marcas, boutiques e lojas espalhadas por 50 mercados. As restantes unidades de negócio incluem a Platform Solutions, que oferece serviços de tecnologia e de e-commerce; a Browns e a Stadium Goods, que disponibilizam produtos de luxo diretamente aos consumidores; e o New Guards Group, uma plataforma para o desenvolvimento de marcas de moda globais.

 

190Países
O marketplace da Farfetch tem atualmente clientes em mais de 190 países, com produtos de 1.200 marcas, boutiques e lojas de luxo.

 

No primeiro trimestre de 2021, o grupo sediado em Londres e cotado desde setembro de 2018 na bolsa de Nova Iorque reportou um lucro de 516,66 milhões de dólares entre janeiro e março, contra um prejuízo de 79,17 milhões um ano antes. Na altura, Neves mostrou-se mais confiante do que nunca na capacidade da empresa para responder às "significativas oportunidades de crescimento" que antevê enquanto possibilitadora digital da indústria global do luxo.
Ver comentários
Saber mais farfetch matosinhos escritórios josé neves imobiliário castro group imobiliário construção moda tecnologia Bjarke Ingels arquitetura
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio