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Farfetch. Single’s Day “foi um sucesso” e expectativas são “bastante positivas” para a Black Friday

A luso-britânica Farfetch faz um balanço positivo do Single’s Day, o dia de compras mais importante no mercado chinês. Já à espera da Black Friday, a empresa garante ter “expectativas muito positivas” para o segundo fenómeno de compras este mês.

Luís Teixeira afirma que uma das lições da pandemia é a de que não se pode prever todos os riscos.
D.R.
19 de Novembro de 2021 às 12:52
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"Um sucesso". É assim que Luís Teixeira, o diretor de operações da Farfetch, descreve a primeira experiência da plataforma de moda de luxo no Single’s Day no Tmall Luxury Pavillion, da gigante chinesa Alibaba.

"Tivemos dias de recorde de vendas nesses mercados, não só na Farfetch.com, na aplicação [da empresa] mas também no Tmall Luxury Pavillion, portanto o começo foi bastante promissor", avança este responsável ao Negócios, numa conversa a propósito dos resultados do terceiro trimestre.

O Single's Day, criado em 2009 pela gigante chinesa Alibaba, é o dia de compras mais importante na China, eclipsando a Black Friday e a Cyber Monday. Assinalado a 11 de novembro, pelo facto de a data ser composta por quatro algarismos iguais, todos eles um, o evento promete descontos avultados em várias categorias de produto. De acordo com os números revelados pela empresa, o montante ascendeu a 84,54 mil milhões de dólares, 73,82 mil milhões de euros.

Este não foi o primeiro ano em que a Farfetch "embarcou" na viagem do "Dia dos Solteiros", mas foi uma estreia no Tmall, onde marca presença desde março deste ano. "No Tmall foi a primeira vez. Mas no passado, como já estamos presentes na China desde sempre, já tínhamos tido obviamente Single's Day", contextualiza Luís Teixeira.

Com a Black Friday a aproximar-se e as marcas a colocarem-se em campo para aliciar os clientes com descontos, também a Farfetch indica ter expectativas risonhas para a próxima semana. "A semana da Black Friday é tradicionalmente a maior semana para muitos dos retalhistas que operam nesta indústria. Obviamente que estamos com expectativas bastante positivas tendo em conta que temos o stock disponível, que a nossa plataforma está preparada e que as nossas pessoas estão bem motivadas para criar mais um marco importante na história da Farfetch."

A Farfetch contabilizou receitas de 583 milhões de dólares no trimestre, refletindo uma subida de 33% em termos homólogos. A plataforma de moda de luxo criada pelo português José Neves contabilizou lucros de 769,1 milhões de dólares, contra as perdas de 536 milhões de dólares do ano passado. Este resultado líquido positivo inclui um benefício não monetário de 901 milhões de dólares – que decorre do impacto positivo que a queda dos preços das ações neste período teve sobre as obrigações convertíveis emitidas pela Farfetch, indicou a empresa no comunicado desta quinta-feira.

Relativamente aos resultados do trimestre terminado em setembro, Luís Teixeira destaca a subida do indicador GMV ("gross merchandise value"), que registou uma subida homóloga de 28%, atingindo 1.017 milhões de dólares. Face ao período pré-pandemia, este responsável destaca que este indicador "duplicou" em comparação com o terceiro trimestre de 2019.

Negociações em curso com a Richemont
Na sexta-feira passada, a Farfetch confirmou ao mercado que está em conversações com a suíça Richemont, levando as ações a disparar mais de 20%. A empresa criada por José Neves indicou estar "em discussões com a Richemont em relação a uma potencial expansão da sua parceria estratégica existente Luxury New Retail". A Richemont é dona de uma das empresas apontadas como rival da Farfetch, a Yoox Net-a-Porter.

Questionado sobre o tema, Luís Teixeira sublinha que "há negociações em curso", sem avançar mais informação, preferindo destacar o potencial de um possível acordo.

"A Farfetch é uma plataforma e enquanto plataforma - e dentro daquilo que é a nossa unidade de negócio FPS (Farfetch Platform Solutions) obviamente que está continuamente a tentar capturar clientes e a estabelecer parcerias com marcas", detalha. "Portanto o nosso objetivo é obviamente fazer estas parcerias e ter estes clientes connosco o mais depressa possível. Como foi indicado no comunicado, a única coisa que existe hoje entre a Farfetch e a Richemont são conversações sobre uma potencial parceria. Não podemos adiantar muito mais porque não há mais nada para adiantar."

"Se me pergunta se acho que isto é uma oportunidade muito grande para ambas as instituições, do meu ponto de vista, se acontecesse amanhã era o ideal. Agora os timings serão aqueles dentro daquilo que é normal".
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