Notícia
Google avisa: sanções à Huawei comprometem segurança nacional dos EUA
Sendo abrangida pelas sanções, a Google diz ser incapaz de atualizar o Android nos aparelhos da Huawei. A tecnológica chinesa terá assim de desenvolver a sua versão do sistema operativo, que ficará mais vulnerável.
07 de Junho de 2019 às 09:57
A Google alertou o governo de Donald Trump que os Estados Unidos arriscam comprometer a segurança nacional se avançarem com as restrições sobre empresas norte-americanas às exportações feitas à Huawei. A informação é avançada, esta sexta-feira, 7 de junho, pelo Financial Times, que dá conta de que a tecnológica norte-americana pediu para que ela própria ficasse isenta destas sanções.
Em causa está o facto de que, sendo abrangida pelas sanções, a Google diz ser incapaz de atualizar o sistema operativo Android nos aparelhos da Huawei. Neste cenário, a tecnológica chinesa terá de desenvolver a sua própria versão do sistema operativo, que, na perspetiva da Google, será mais vulnerável a riscos e a ataques.
Os alertas da Google surgem depois de, no mês passado, a administração Trump ter proibido a Huawei de vender equipamentos aos Estados Unidos, ao mesmo tempo que impediu a empresa chinesa de comprar componentes a fornecedores sediados neste país. A Huawei entrou, assim, na lista negra do Departamento do Comércio, que obriga as empresas norte-americanas a obter uma licença especial para que possam vender produtos à tecnológica chinesa.
Pouco tempo depois deste anúncio, o governo norte-americano recuou e concedeu às empresas do país um período de três meses para continuarem a negociar a Huawei, adiando até agosto a proibição de exportações de tecnologia para a empresa chinesa.
Este adiamento não serviu, contudo, para atenuar o conflito. Ainda no mês passado, a Huawei anunciou que deverá ter o seu próprio sistema operativo pronto no quarto trimestre deste ano, que será usado caso seja mesmo proibida de usar o software da Google e da Microsoft.
E os sinais de que a Huawei não pretende ceder continuam a chegar: esta semana, o chairman da empresa, Liang Hua, afirmou a um grupo de jornalistas norte-americanos em visita à China que a Google está a trabalhar com o Departamento de Comércio norte-americano para encontrar uma solução. O responsável admite que as sanções terão "algum impacto" no negócio da Huawei a longo prazo, mas reitera que, a longo prazo, a empresa está preparada para desenvolver o seu próprio sistema alternativo, e "muito rapidamente".
Em causa está o facto de que, sendo abrangida pelas sanções, a Google diz ser incapaz de atualizar o sistema operativo Android nos aparelhos da Huawei. Neste cenário, a tecnológica chinesa terá de desenvolver a sua própria versão do sistema operativo, que, na perspetiva da Google, será mais vulnerável a riscos e a ataques.
Pouco tempo depois deste anúncio, o governo norte-americano recuou e concedeu às empresas do país um período de três meses para continuarem a negociar a Huawei, adiando até agosto a proibição de exportações de tecnologia para a empresa chinesa.
Este adiamento não serviu, contudo, para atenuar o conflito. Ainda no mês passado, a Huawei anunciou que deverá ter o seu próprio sistema operativo pronto no quarto trimestre deste ano, que será usado caso seja mesmo proibida de usar o software da Google e da Microsoft.
E os sinais de que a Huawei não pretende ceder continuam a chegar: esta semana, o chairman da empresa, Liang Hua, afirmou a um grupo de jornalistas norte-americanos em visita à China que a Google está a trabalhar com o Departamento de Comércio norte-americano para encontrar uma solução. O responsável admite que as sanções terão "algum impacto" no negócio da Huawei a longo prazo, mas reitera que, a longo prazo, a empresa está preparada para desenvolver o seu próprio sistema alternativo, e "muito rapidamente".