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Huawei terá o seu próprio sistema operativo até ao final do ano
Caso seja mesmo impedida de usar os sistemas operativos da Google e Microsoft, a Huawei recorrerá ao seu próprio sistema, que deverá estar pronto no quarto trimestre deste ano, e com uma versão para fora da China até ao verão de 2020.
A Huawei deverá ter o seu próprio sistema operativo pronto no quarto trimestre deste ano, que será usado caso a empresa chinesa seja mesmo proibida de usar o software da Google e da Microsoft.
A informação foi confirmada à CNBC pelo diretor da divisão de consumo da Huawei, depois de já ter sido noticiado que a Huawei teria um plano B para enfrentar eventuais restrições impostas pelos Estados Unidos.
Foi precisamente o que aconteceu na semana passada, quando a administração Trump colocou a chinesa na "lista negra" dos Estados Unidos, proibindo as empresas norte-americanas de lhe fornecerem componentes e software, e impedindo também a utilização da sua tecnologia, por se tratar de uma companhia que alegadamente coloca riscos à segurança nacional.
Logo depois, no início desta semana, o governo deu um passo atrás e decidiu adiar as restrições por três meses, permitindo às empresas dos Estados Unidos continuarem a fornecer a Huawei até agosto, enquanto negoceiam alternativas.
A partir dessa altura, e no caso de perder completamente o acesso à tecnologia dos Estados Unidos – o que impedirá os smartphones da marca de usarem o sistema Android – a Huawei passará a utilizar o seu próprio sistema operativo, que estará disponível na China no quarto trimestre deste ano, e com uma versão para outros mercados no primeiro ou segundo trimestre de 2020.
"Neste momento, na Huawei, ainda estamos comprometidos com o Windows da Microsoft e com o Android da Google. Mas se não pudermos usá-los, a Huawei vai preparar o plano B para utilizar o seu próprio sistema operativo", garantiu Richard Yu, citado pela CNBC.
O responsável detalhou que a app store da Huawei, a App Gallery, estará disponível no seu sistema operativo, substituindo a Play Store da Google.
"Não queremos fazer isto, mas seremos forçados pelo governo dos Estados Unidos", afirmou. "Não será apenas mau para nós, mas também para as empresas norte-americanas, porque nós sustentamos a sua atividade. Não temos outra solução, nem temos escolha".