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Foxconn aprova compra da japonesa Sharp por 3.000 milhões

A administração da empresa de Taiwan deu luz verde, mais de um mês depois da suspensão do negócio, à aquisição da electrónica Sharp. O valor definitivo da venda fica muito abaixo do inicialmente anunciado.

Bloomberg
30 de Março de 2016 às 10:19
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A administração da tecnológica Foxconn deu finalmente luz verde à aquisição de 66% da japonesa Sharp, mais de um mês depois de o negócio ter sido suspenso pela detecção de responsabilidades financeiras futuras alegadamente desconhecidas.

A alienação foi comunicada esta quarta-feira, 30 de Março, e significará segundo a Reuters um encaixe de 389 mil milhões de ienes (cerca de 3.000 milhões de euros) pelos dois terços do capital.

O valor fica abaixo do veiculado pela imprensa internacional no fim-de-semana, que referia que as duas empresas tinham acordado com os credores da Sharp a redução do negócio dos 660 mil milhões de ienes (5.207 milhões de euros), inicialmente previstos, para cerca de 550 mil milhões de ienes (4.340 milhões de euros). 


A Foxconn pagará 88 ienes (cerca de 69 cêntimos) por cada acção comum da Sharp, refere a Bloomberg, citando um comunicado da compradora. A demora na concretização da compra deu vantagem negocial à Foxconn, que deverá pagar menos que o inicialmente previsto. A 25 de Fevereiro, quando a compra foi conhecida, o valor avançado era de 5,66 mil milhões de euros.


Em 2012, a Foxconn tinha chegado a oferecer 550 ienes (4,32 euros à cotação actual) por cada título da electrónica japonesa, numa transacção que não veio a concretizar-se.

O objectivo da compra, refere o WSJ, é entrar na manufactura de um dos produtos-bandeira da Sharp - o ecrã táctil usado nos iPhone da Apple, um dos componentes mais caros. Esta é uma oportunidade para a Foxconn ampliar a gama de dispositivos que já fornece à marca norte-americana, numa altura em que a Apple prepara a transição para ecrãs OLED, produzidos maioritariamente pela Samsung.

A compra da empresa, com 103 anos, tem sido motivo de debate público no Japão, dividindo os que argumentavam que devia continuar na esfera do país e os que defendem uma maior abertura do mercado japonês a investidores do exterior.

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