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Director do FBI diz que caso com a Apple não pretende abrir precedente

"Não podemos olhar os sobreviventes nos olhos ou para nós próprios ao espelho se não seguirmos esta pista", disse James Comey, director do FBI, apelando a que a Apple desbloqueie o iPhone do terrorista de San Bernardino.

Bloomberg
22 de Fevereiro de 2016 às 13:07
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Na sequência da disputa entre a Apple e o FBI pelo acesso ao iPhone usado por um dos autores do ataque terrorista de San Bernardino, na Califórnia, o director do serviço de segurança norte-americano, James Comey, publicou no domingo, 21 de Fevereiro, um artigo no site de justiça Lawfare onde pede que a Apple ceda e desencripte o aparelho, dizendo que este caso não pretende abrir nenhum precedente.

 

"Talvez o telefone tenha pistas para encontrarmos mais terroristas. Talvez não tenha", disse. "Simplesmente queremos ter a oportunidade de, com um mandado de busca, tentar obter o código do terrorista sem que o telefone se destrua", garantiu James Comey.

 

"Não podemos olhar os sobreviventes nos olhos ou para nós próprios ao espelho se não seguirmos esta pista", pode ler-se no artigo de James Comey. O director do FBI explica também que "não queremos quebrar a encriptação de ninguém".

 

James Comey acrescentou ainda que não devem ser as empresas nem as agências de segurança a resolver a discórdia entre segurança e privacidade. Segundo o director do FBI, deve ser "o povo americano" a resolver o assunto e pede ainda uma "longa conversa" sobre o assunto.

 

Estes comentários surgem no seguimento do diferendo entre a Apple e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América. Na passada terça-feira, 16 de Fevereiro, a Apple recusou desbloquear o iPhone de um dos autores dos ataques terroristas em San Bernardino, na Califórnia. A tecnológica liderada por Tim Cook diz que poderia abrir um "perigoso precedente".

 

A 2 de Dezembro, 14 pessoas morreram e 22 ficaram gravemente feridas depois de um ataque terrorista em San Bernardino, na Califórnia. O ataque consistiu num tiroteio durante uma festa de uma empresa e foi perpetrado por Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik, que acabaram por morrer depois de uma troca de tiros com a polícia.

 

Este caso já motivou reacções por parte de empresas como o Facebook, o Twitter,o Whatsapp e o Google, que manifestaram o apoio ao CEO da Apple, Tim Cook, e até o ex-funcionário da CIA Edward Snowden aplaudiu a posição tomada pela Apple.

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