A tecnológica norte-americana Apple foi obrigada a providenciar uma solução rápida de segurança para resolver três vulnerabilidades detectadas em simultâneo no software dos seus smartphones, o iOS.

Segundo o Financial Times, que cita vários investigadores, suspeita-se que estas falhas nos iPhones estivessem a ser aproveitadas por vários governos para vigiar activistas e jornalistas.

A empresa disponibilizou esta quinta-feira, 25 de Agosto, uma actualização que deverá resolver os problemas detectados. A solução chega uma semana depois de um activista dos direitos humanos nos Emirados Árabes Unidos, Ahmed Mansoor, ter alertado os investigadores da Citizen Lab da recepção de uma mensagem de texto com um link que, a ser activado, daria total controlo do seu iPhone 6 aos piratas informáticos, nomeadamente ao microfone e à câmara.

Por detrás da tecnologia, continua o jornal, deverá estar uma empresa israelita, a NSO Group, que vende software de espionagem exclusivamente a entidades governamentais, por valores que podem chegar a um milhão de dólares (885 mil euros).

Segundo o Citizen Lab, a entrada de hackers no sistema permitiria gravar conversações em plataformas como WhatsApp, mensagens enviadas e recebidas e seguir os movimentos do utilizador.