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Apple acusa Bruxelas de violar regras nas acusações fiscais

Em cima da mesa está uma coima de 13 mil milhões de euros por impostos que não foram pagos, lança a Comissão Europeia. A Apple, no seu recurso em tribunal, diz que Bruxelas não levou a cabo uma “investigação diligente e imparcial”.

Tim Cook a criar uma nova Apple: Acabou 2016 como o 11.º CEO do mundo em valor criado para os accionistas. O ano marca a tentativa do sucessor de Steve Jobs de deixar a sua marca na Apple. Apesar de o foco continuar nos aparelhos - foi lançado o iPhone 7 e o novo MacBook Pro -, a Apple já aposta a sério nos conteúdos (é a segunda maior fonte das suas receitas, que caíram pela primeira vez desde 2001) e aventura-se em áreas como o automóvel e a saúde. Pelo meio, a guerra política devido aos impostos - Bruxelas determinou que a Apple devolvesse à Irlanda 13 mil milhões de euros - continua a dar-lhe dores de cabeça.
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Negócios 21 de Fevereiro de 2017 às 10:42
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A Apple defende que a Comissão Europeia violou o seu "direito à boa administração" quando exigiu, em 2016, que a tecnológica pagasse 13 mil milhões de euros no retorno de impostos à Irlanda.

Este é um dos 14 argumentos apresentados pela companhia liderada por Tim Cook no seu recurso contra Bruxelas, escreve o Financial Times esta terça-feira, 21 de Fevereiro. A Comissão Europeia considera que o regime fiscal concedido pela Irlanda à Apple durante 11 anos constituiu um auxílio estatal ilegal.

Os argumentos foram publicados pelo Tribunal de Justiça da União Europeia esta segunda-feira, lançando o mote para um dos maiores casos de concorrência já tratados por aquela instância com sede no Luxemburgo. As audiências arrancam no próximo Verão.

A Apple questiona a justiça da decisão de Bruxelas e considera que esta errou ao interpretar as normas de tributação irlandesas bem como os seus lucros. Para a tecnológica, a Comissão Europeia não conduziu uma "investigação diligente e imparcial" ao abrigo da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, violando-a.

Ao longo dos últimos meses, o Governo irlandês também se tem mostrado contra a decisão de Bruxelas, replicando alguns dos argumentos da Apple.


Por sua vez, a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, já veio refutar as acusações de que as regras sobre os auxílios estatais são novas ou arbitrárias, referindo um processo iniciado na década de 1980.

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