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No primeiro dia após a OPA as acções da ES Saúde fecharam 9,7% abaixo do valor pago pela Fidelidade
Esta quarta-feira, 14 de Outubro, são conhecidos os resultados da oferta pública de aquisição que a seguradora lançou à Espírito Santo Saúde, em que pagou 5,01 euros por acção. Com o fim da operação, os títulos resvalaram.
A oferta pública de aquisição (OPA) da Fidelidade sobre a Espírito Santo Saúde acabou ontem. Pagava-se 5,01 euros por acção. Esta quarta-feira, as acções já negociaram sem esta oferta em cima da mesa. E os títulos resvalaram, à boleia da reduzida transacção em bolsa, tendo encerrado 9,7% abaixo da contrapartida paga pela Fidelidade.
As acções da empresa proprietária do Hospital da Luz cederam 7,88% para valerem 4,524 euros. Durante a sessão, chegaram a cair aos 4,462 euros, numa altura em que desceram mais de 9%. Perderam o terreno ganho desde meados de Setembro, quando estavam animadas pelas várias ofertas feitas.
A queda em bolsa da empresa liderada por Isabel Vaz justifica-se porque já não está em vigor a OPA da Fidelidade, terminada na terça-feira, 14 de Outubro. Ou seja, já não há um grande comprador a pagar 5,01 euros por acção da ES Saúde. E, por isso, os títulos caem.
Para esse movimento, além da ausência da intenção de compra a 5,01 euros, contribui ainda a reduzida troca de acções. Foram transaccionadas 40.636 acções na sessão desta quarta-feira, bastante abaixo daquilo que foi negociado nos últimos dois meses (animados pelas quatro companhias interessadas em comprar a ES Saúde). A média dos últimos seis meses foi de 306 mil títulos transaccionados.
Este foi um período atípico da ES Saúde, já que as acções estiveram sempre a negociar com a expectativa de que fossem apresentadas novas ofertas às que estavam em curso. Aliás, a Fidelidade foi apenas a terceira a mostrar publicamente o interesse na empresa: antes disso, já os mexicanos da Ángeles e os portugueses da José de Mello Saúde se tinham chegado à frente com o anúncio preliminar de OPA.
Na negociação desta quarta-feira, ainda não se soube o destino da empresa no mercado regulamento. Para decidir o futuro da ES Saúde em bolsa (ou seja, para ter condições para decidir a sua retirada do mercado), a seguradora precisa de alcançar 90% dos direitos de voto na empresa e 90% dos direitos de voto alvo de oferta. O grupo mexicano Ángeles, que esteve na corrida pela empresa, tem 6,97% do capital e pode dificultar esse objectivo.