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Operadoras dizem que Portugal foi longe demais no afastamento da chinesa Huawei  

CEO das operadoras consideram que decisão do anterior Governo diminuiu o leque de escolha dos fornecedores. E mostraram preocupações com o 'timing's da decisão.

Pedro Catarino
15 de Maio de 2024 às 20:18
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A decisão do anterior Governo, liderado por António Costa, de afastar a Huawei da lista de fornecedores da rede de 5G nacional "muito além daquilo que foi prática na Europa", disse o CEO da Nos, Miguel Almeida, durante o debate Estado das Comunicações, no 33.º Congresso da APDC (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações), que decorreu esta quarta-feira, 15 de maio, em Lisboa.

O gestor explicou que a Nos não tinha a Huawei como fornecedora da sua rede de 5G, tal como a Vodafone. Aliás, o CEO da Vodafone Portugal também partilhou a mesma posição do CEO da Nos, considerando que foram tomadas decisões  sobre este tema que "levantariam problemas operacionais significativos para o país. Problemas operacionais esses que depois com mais diálogo estão a ser compreendidos e endereçados de forma construtiva", comentou Luís Lopes.


Já a presidente executiva  da Altice Portugual,a única que tinha a Huawei como fornecedora de 5G, criticou  o momento da decisão da proibição.

"Há uma redução da concorrência nesta área", uma vez que "diminui as opções", o chamado "'high risk vendors' "lamentou Ana Fgueiredo. "É óbvio que o facto de reduzirmos ou restringirmos um conjunto de fornecedores diminui as opções de nós podermos tomar decisões e escolhermos fabricantes", disse a gestora. 

 

Ana Figueiredo mostrou ainda preocupação com o 'timing' da decisão. Porquê? "Por ser tomada à posteriori,  depois da implementação e do 'rollout' [desenvolvimento] das infraestruturas", acrescentou.



O Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço, organismo na dependência da Presidência do Conselho de Ministros, decidiu em maio do ano passado que as empresa sediadas fora da União Europeia, dos Estados Unidos e de outros países da OCDE deveriam ser impedidas de entrar nas redes de 5G portuguesas. 

A deliberação foi vista como um fato à medida para afastar a Huawei.

 

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