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Seguradora Fidelidade ainda não decidiu se tira ES Saúde de bolsa

Apesar de ter mais de 96% do capital da dona do Hospital da Luz, a seguradora controlada pela chinesa Fosun ainda não decidiu se vai retirar os restantes cerca de 4% da empresa das mãos dos investidores.

Miguel Baltazar/Negócios
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 15 de Outubro de 2014 às 17:39
"Não decidimos". Foi desta forma que o presidente da Fidelidade, Jorge Magalhães Correia, respondeu quando questionado sobre se a Espírito Santo Saúde vai sair de bolsa, agora que 96% do seu capital está sob controlo da seguradora

A opção de avançar para a retirada de bolsa da ES Saúde está em cima da mesa porque tanto pode ser pedida a sua perda de qualidade de sociedade aberta como pode ser executada uma aquisição obrigatória sobre os pequenos accionistas. Isto porque, depois da OPA realizada nas últimas semanas, a Fidelidade adquiriu mais de 96% dos direitos de voto da empresa e também dos direitos de voto sob oferta.
 
Ficaram assim reunidas as duas condições (obter 90% dos direitos de voto da empresa e 90% dos direitos de voto sob oferta) para que possa avançar com uma aquisição potestativa, ou seja, a compra do capital que não foi adquirido na OPA (cerca de 3,9% da empresa). Nessa operação, a contrapartida a pagar teria de ser de 5,01 euros por acção.
 
Também ficou reunida a condição para se pedir a perda de qualidade de sociedade aberta, que é a retirada directa de bolsa, como o Grupo José de Mello fez com a Brisa. Contudo, no prospecto da operação, a seguradora afirmava que não iria avançar com este pedido se não exercesse o direito de aquisição potestativa.
 
Assim, sem uma decisão sobre se há oferta potestativa ou não, que a ser concretizada vai excluir a ES Saúde de bolsa durante pelo menos um ano, as acções da empresa liderada por Isabel Vaz que não foram adquiridas pela seguradora continuam a ser negociadas em bolsa. Neste caso, dos mais de 95 milhões de títulos que representam o capital da ES Saúde, apenas 3,76 milhões estão nas mãos de pequenos investidores – 3,933% do total.
 
O facto de o número de títulos dispersos por outros accionistas ser reduzido faz com que a liquidez seja baixa – o que pressiona o preço em bolsa. Esta quarta-feira, o primeiro dia após o fim da OPA, a ES Saúde resvalou 7,88% para os 4,524 euros, 9,7% abaixo dos 5,01 pagos na OPA. 
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