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Fidelidade consegue 96% da Espírito Santo Saúde e pode retirar empresa de bolsa

Com 96% do capital, a seguradora detida pelos chineses poderá avançar para a retirada de bolsa da Espírito Santo Saúde através de uma oferta potestativa, ou seja, de venda obrigatória para os 4% de accionistas que não alienaram nesta operação.

Miguel Baltazar/Negócios
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 15 de Outubro de 2014 às 16:54

A Fidelidade é dona de 96% da Espírito Santo Saúde. Foi este o resultado da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela seguradora à dona do Hospital da Luz. Ficaram cumpridas as duas condições para que a empresa possa vir a sair de bolsa. Mas ainda não há decisão quanto a isso.

 

Para que a OPA da Fidelidade fosse bem sucedida, era necessário comprar 50,01% dos direitos de voto da empresa gerida por Isabel Vaz. O que foi logo conseguido quando a Rio Forte, que detinha 51% através da Espírito Santo Health Care Investments, anunciou que iria vender a operação. Mas o sucesso foi maior. A grande maioria dos accionistas aceitou vender os seus títulos da ES Saúde a 5,01 euros por acção.

 

A Fidelidade ficou com 96,12157% dos direitos de voto da empresa dona do Hospital da Luz e de Loures, de acordo com os dados divulgados na sessão especial de apuramento de resultados, realizada esta quarta-feira na gestora da Bolsa de Lisboa Euronext. Além disso, conseguiu 96,12151% dos direitos de voto que estavam alvo da oferta. A diferença deve-se às 1.504 acções da ES Saúde que já estavam na posse da seguradora.

 

Para adquirir as 91.782.932 acções da ES Saúde nesta oferta, a uma contrapartida de 5,01 euros, a empresa controlada pela chinesa Fosun teve de gastar 459,8 milhões de euros.

 

Ficaram nas mãos de outros investidores menos de 3,8 milhões de títulos da ES Saúde, ou seja, apenas 3,933% do seu capital. São estas acções que ainda podem ser negociadas em bolsa.

 

Sem decisão sobre retirada de bolsa

 

Com mais de 90% da ES Saúde e mais de 90% dos direitos sob oferta, a Fidelidade reuniu as duas condições para avançar com uma aquisição potestativa das acções que não comprou. Esta operação é, na prática, uma oferta em que os pequenos accionistas são obrigados a vender os seus títulos à empresa, mediante o recebimento dos mesmos 5,01 euros pagos na OPA. Se esta operação for feita, a ES Saúde sairá de bolsa.

 

"Não decidimos" é o que responde Jorge Magalhães Correia, presidente da Fidelidade, quando questionado sobre se vai seguir em frente com a operação.

 

 

 

 

 

 

(Notícia actualizada às 17h20 com mais informações)

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