Notícia
Quantos caçam Pokémon? Um milhão de portugueses
A cada dia são mais. É só vê-los pelas ruas atrás dos monstros mais raros. Para jogar são precisos dados móveis e bateria. A febre dos Pokémons está a fazer os jogadores procurar soluções e gastar dinheiro. Tudo pela caça.
"Foi uma coisa que não morreu. Ficou no subconsciente". E voltou em força. Desta vez, os Pokémons não apanharam só quem nasceu nos anos 80 e 90.
É um fenómeno transversal. "Não me admira que mais de 10% da população portuguesa jogue Pokémon", perspectiva José Rocha, porta-voz do grupo Pokémon Go Portugal. Contas feitas: cerca de um milhão de portugueses.
A loja da Google Play conta com mais de um milhão de "downloads" em Portugal. Na App Store não é possível conhecer esse dado, mas o Pokémon Go lidera. É certo que existem utilizadores a baixar a aplicação para vários dispositivos. Mas, nas contas de José Rocha, não entram os que tiraram o Pokémon Go antes de ter chegado oficialmente a Portugal, através de truques que encaminhavam para lojas de outros países.
"O Pokémon está a ter mais sucesso que há 20 anos. Foi uma jogada de marketing espectacular. Tocaram a nostalgia de toda a gente", resume este gestor de propriedades com 24 anos.
Há, também, negócios que se querem deixar apanhar. Os exemplos mais fulgurantes são os dos telemóveis, pacotes de dados móveis e baterias. Tudo requisitos essenciais para quem quer jogar.
José Rocha dá o exemplo das lojas de electrónica Worten e Fnac, que verificaram um aumento nas vendas de carregadores portáteis (os chamados "power banks") e telemóveis. "As pessoas chegam ao ponto de comprar telemóveis para poder jogar", exemplifica. Até ao fecho da edição, nenhuma das marcas confirmou o cenário ao Negócios. Contudo, na sua página de Facebook, a Fnac faz um anúncio a "power banks" associando o produto à caça de Pokémons.
"Acredito que as operadoras deviam meter os olhos neste jogo", defende José Rocha. Nos Estados Unidos da América, a T-Mobile prometeu um ano de dados móveis grátis enquanto o Pokémon Go está ligado. Em Portugal, a Vodafone abordou o fenómeno, ilustrando com pokémons uma publicação no Facebook: "na compra de um ‘smartphone’ 4G, diverte-te todo o Verão com a oferta de 15 GB de internet grátis". Ao Negócios, a Meo garante não ter "verificado um consumo excessivo de dados" devido ao jogo.
Por fim, José Rocha destaca o impacto para a restauração lusa. Dá o exemplo do McDonald’s da Avenida dos Aliados, no Porto. Este é um "pokéstop", local onde se recolhem recompensas que facilitam o jogo. Quem lá passa, acaba sempre por consumir.
O jogador tem noção de que "todas as febres passam, com ou sem medicamento". A do Pokémon Go não será excepção. Todavia, acredita que o mundo poderá falar destes monstros fofos durante os próximos cinco anos.
Tudo depende da "estratégia" que os criadores do jogo abordarem. "A nova página dos videojogos é a realidade virtual", garante José Rocha. O livro começou a ser pintado com as cores do Pokémon. E (quase) ninguém quer ficar de fora. *com SR
É um fenómeno transversal. "Não me admira que mais de 10% da população portuguesa jogue Pokémon", perspectiva José Rocha, porta-voz do grupo Pokémon Go Portugal. Contas feitas: cerca de um milhão de portugueses.
"O Pokémon está a ter mais sucesso que há 20 anos. Foi uma jogada de marketing espectacular. Tocaram a nostalgia de toda a gente", resume este gestor de propriedades com 24 anos.
Há, também, negócios que se querem deixar apanhar. Os exemplos mais fulgurantes são os dos telemóveis, pacotes de dados móveis e baterias. Tudo requisitos essenciais para quem quer jogar.
José Rocha dá o exemplo das lojas de electrónica Worten e Fnac, que verificaram um aumento nas vendas de carregadores portáteis (os chamados "power banks") e telemóveis. "As pessoas chegam ao ponto de comprar telemóveis para poder jogar", exemplifica. Até ao fecho da edição, nenhuma das marcas confirmou o cenário ao Negócios. Contudo, na sua página de Facebook, a Fnac faz um anúncio a "power banks" associando o produto à caça de Pokémons.
"Acredito que as operadoras deviam meter os olhos neste jogo", defende José Rocha. Nos Estados Unidos da América, a T-Mobile prometeu um ano de dados móveis grátis enquanto o Pokémon Go está ligado. Em Portugal, a Vodafone abordou o fenómeno, ilustrando com pokémons uma publicação no Facebook: "na compra de um ‘smartphone’ 4G, diverte-te todo o Verão com a oferta de 15 GB de internet grátis". Ao Negócios, a Meo garante não ter "verificado um consumo excessivo de dados" devido ao jogo.
Por fim, José Rocha destaca o impacto para a restauração lusa. Dá o exemplo do McDonald’s da Avenida dos Aliados, no Porto. Este é um "pokéstop", local onde se recolhem recompensas que facilitam o jogo. Quem lá passa, acaba sempre por consumir.
O jogador tem noção de que "todas as febres passam, com ou sem medicamento". A do Pokémon Go não será excepção. Todavia, acredita que o mundo poderá falar destes monstros fofos durante os próximos cinco anos.
Tudo depende da "estratégia" que os criadores do jogo abordarem. "A nova página dos videojogos é a realidade virtual", garante José Rocha. O livro começou a ser pintado com as cores do Pokémon. E (quase) ninguém quer ficar de fora. *com SR
O Pokémon Go foi uma jogada de marketing espectacular. Tocaram na nostalgia de toda a gente. josé rocha Porta-voz do grupo Pókemon Go Portugal
Já há contas à venda no eBay Não faltam relatos de tentativas falhadas de entrar no jogo durante o fim-de-semana passado. Além da sobrecarga dos servidores, os piratas informáticos fizeram das suas. São dois os grupos de "hackers" que alegam ter deitado abaixo o jogo: Poodlecorn e OurMine. O último diz que só vai deixar a Niantic em paz quando esta aprender a proteger o jogo com os seus "hackers". Esta pressão nos servidores dita também o facto do Pokémon Go ainda não ter sido lançado no Japão, onde nasceram estes personagens na década de 1990. No eBay surgiram, nas últimas horas, contas à venda com níveis mais elevados e pokémons mais raros e valiosos. A média aponta para os 90 euros para se fechar negócio.