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Netflix e 21st Century Fox entram em batalha legal

A gigante norte-americana 21st Century Fox quer o serviço de “streaming” proibido de recrutar mais trabalhadores dos seus quadros. O Netflix defende-se com o argumento da liberdade de escolha. Parceiros de negócios estão de costas voltadas na justiça.

David Paul Morris/Bloomberg
19 de Setembro de 2016 às 20:30
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O processo entrou no Tribunal Superior da Califórnia, em Los Angeles. Sexta-feira, 16 de Setembro. O grupo de media 21st Century Fox vai processar a Netflix por "caça furtiva" de empregados.

Tara Flynn e Marcos Waltenberg, os dois nomes no centro da polémica. A primeira era responsável pela área criativa da Fox 21, o segundo assegurava as promoções na Fox Film. Acabariam por trocar de cadeiras, sentando-se depois no serviço de "streaming" [transmissão de conteúdos] Netflix, com funções semelhantes.

A 21st Century Fox, fundada por Rupert Murdoch, alega que esta é uma "campanha descarada [do Netflix] para ilicitamente se dirigir, recrutar e roubar executivos valiosos da Fox, induzindo-os ilegalmente para quebrar os seus contratos de trabalho", pode ler-se no processo citado pela imprensa norte-americana.

Por isso, a gigante de media quer ser compensada. Na acção judicial, a intenção é que o Netflix seja proibido permanentemente de interferir com executivos sob contrato e pague pelos danos já causados. A 21st Century Fox diz que o serviço que criou séries como "House of Cards" ou "Stranger Things" terá coberto aos novos funcionários os valores previstos caso estes terminassem contrato antes do tempo previsto. As duas contratações em causa tinham sido feitas ainda em 2016.

O Netflix reagiu, informando que se vai defender "vigorosamente". "Acreditamos na mobilidade dos funcionários e vamos lutar pelo direito de contratar grandes colegas, não importa onde trabalhem", elucidou.

Apesar do conflito, o The Wall Street Journal lembra que 21st Century Fox e o Netflix são fortes parceiros de negócio. E dá o exemplo: a plataforma de "streaming" gastou cerca de 50 milhões de dólares pelos direitos da mini-série "The People v. O.J. Simpson: American Crime Story", entretanto destacada com um Emmy no último domingo, 18 de Setembro.

O Netflix tem vindo a afirmar-se, cada vez mais, como produtor de séries e uma alternativa à televisão. No seu catálogo contam-se produções como "Narcos", "Orange is the New Black" ou "Sense8". Em Julho deste ano, contava com mais de 83 milhões de utilizadores em todo o mundo.

A plataforma está disponível em Portugal desde Outubro de 2015. O pacote mais simples tem um preço de 7,99 euros por mês.

"Guerra dos Tronos" e "Veep" brilham nos Emmy A edição 68 dos Emmy, os prémios de televisão dos Estados Unidos da América, premiou no domingo, 18 de Setembro, pelo segundo ano consecutivo, a "Guerra dos Tronos" como melhor série dramática. O épico da HBO, baseado nos livros de George R. R. Martin, venceu 12 dos galardões atribuídos pela Academia Internacional das Artes e Ciências da Televisão dos Estados Unidos, igualando o recorde atingido pela própria em 2015 como a série mais premiada numa única edição dos Emmy. Já "Veep" foi reconhecida como a melhor série de humor.
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