Notícia
Impresa baixa prejuízos em 77,1% com redução de custos
A Impresa registou prejuízos de 632,8 mil euros no primeiro trimestre deste ano, uma redução de 77,1% face a igual período em 2017, influenciada pela descida de custos, num período marcado pela alienação do portfolio de revistas à Trust In News.
A Impresa anunciou esta quinta-feira um prejuízo de 632,8 mil euros nos primeiros três meses deste ano, uma melhoria de 77,1% em relação aos 2,76 milhões de euros registados um ano antes. Estes resultados não são directamente comparáveis, uma vez que a Impresa alienou um portefólio de revistas à Trust In News em Janeiro deste ano.
Contactada pelo Jornal de Negócios, a empresa indicou que "o impacto dos valores recebidos pela venda do portefólio sentir-se-á ao longo de 2018". A operação de venda à Trust In News foi fechada por um valor de 10,2 milhões de euros.
Também os custos operacionais sofreram uma redução de 5,9%, comparando com o pró-forma, para os 37,37 milhões de euros. Em termos absolutos, os custos caíram 18,6%. A descida nos custos operacionais deveu-se à redução dos custos com pessoal e diminuição dos custos com programação.
O EBITDA situou-se em 1,83 milhões de euros, valor que compara com os 390,1 mil euros negativos de um ano antes, em termos pró-forma. O EBITDA da SIC destacou-se ao aumentar 230,3%, para os 2,43 milhões de euros.
A Impresa destaca ainda a redução de seis milhões na dívida líquida face a Março de 2017, para os 185,6 milhões de euros. A redução "deriva principalmente da utilização de cashflow nesse sentido", indicou ao Negócios fonte da empresa.
As receitas de publicidade cresceram 1,1% (pró-forma), para 23,15 milhões de euros, tendo caído 5,1% em termos absolutos. A Impresa destaca o aumento nas receitas de publicidade no semanário Expresso e na área digital.
As receitas de subscrição de canais caíram 2%, para 9,7 milhões de euros, facto que a empresa atribui ao efeito cambial.
As receitas com a venda de publicações diminuíram 1,8% (pró-forma), para 2,25 milhões de euros. A quebra incluindo as publicações entretanto alienadas situa-se em 59,5%.
A rubrica outras receitas sofreu uma descida (pró-forma) de 3,4%, para 4,09 milhões de euros, principalmente devido à quebra nas chamadas telefónicas (IVR).
Televisão
A área de televisão gerou 32,38 milhões de euros de receitas, menos 4% do que um ano antes (pró-forma, considerando os resultados de 2017 em conformidade com a adopção das normas contabilísticas IFR15 e IFR9).
As receitas de publicidade recuaram 1,9%, cifrando-se em 19,9 milhões de euros, enquanto os proveitos de subscrição de canais desceram 2% (pró-forma), para 9,7 milhões de euros. As receitas com IVR baixaram 29,9% (pró-forma), para 1,72 milhões de euros.
A queda nos custos operacionais levaram a que o EBITDA mais do que triplicasse, para os 2,43 milhões de euros.
Publishing
O segmento de publishing registou receitas de 6,11 milhões de euros, uma subida homóloga de 20,3% em termos pró-forma, que excluem as receitas imputadas às publicações vendidas em Janeiro.
As receitas de circulação desceram 1,8% (pró-forma) para 2,25 milhões de euros, reflectindo o encerramento da revista Blitz,que passou apenas a formato digital, e a um "desempenho negativo" do Expresso. A Impresa destaca a subida de mais de 30% na facturação da subscrição digital do Expresso, que já representa 15% do total das receitas de circulação.
As receitas publicitárias cresceram 29,2% (pró-forma), para 3,19 milhões de euros, destacando-se a subida de cerca de 50% na publicidade digital. A publicidade digital já representa quase um terço (32%) das receitas publicitárias do publishing.
Os custos operacionais aumentaram 9,9% (pró-forma), para 6,1 milhões de euros. A Impresa refere que a venda do portefólio de revistas ajudou a reduzir os custos, mas a inclusão de novas actividades neste segmento acabaram por fazer aumentar os custos.
O EBITDA do publishing cifrou-se em 9.426 euros, valor que compara com os 468 mil euros negativos (pró-forma) observados um ano antes.