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Impresa lucra 1,4 milhões até Setembro e obtém "melhores resultados em quatro anos"

A Impresa alcançou 1,4 milhões de euros de lucro nos primeiros nove meses do ano, valor que compara com um prejuízo de 165 mil euros registado em igual período de 2017. Francisco Pedro Balsemão destaca que estes são "os melhores resultados em quatro anos".

A passagem dos comandos da SIC: 'Não faria sentido trabalhar numa empresa que não esta'. As palavras são de Francisco Pedro Balsemão, que assumiu a liderança da Impresa, em substituição de Pedro Norton, no dia 6 de Março de 2016. Uma mudança que marcou também a passagem dos comandos da dona da SIC para um membro da família do fundador do grupo de media, Francisco Pinto Balsemão.
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29 de Outubro de 2018 às 16:43
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A Impresa alcançou 1,4 milhões de euros de lucro nos primeiros nove meses do ano, valor que compara com um prejuízo de 165 mil euros registado em igual período de 2017, indicou esta segunda-feira a empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão.

As receitas consolidadas cifraram-se em 126,17 milhões de euros, uma quebra de 0,7% face aos valores do período homólogo, expurgados dos rendimentos e gastos associados ao portfolio de revistas alienado no início deste ano.

Nas receitas, o segmento de televisão registou uma quebra de 2,9%, enquanto o publishing apresentou uma subida de 10%. As receitas de publicidade estagnaram, tendo diminuído 0,1%, a subscrição de canais facturou menos 0,7% e as receitas de circulação caíram 3,4%.

O EBITDA nos primeiros nove meses do ano situou-se em 12,3 milhões de euros, o que traduz uma subida de 52,4% em relação às contas pró-forma do período homólogo, destaca a empresa.

A dívida líquida da Impresa era, no final de Setembro, de 189,6 milhões de euros, menos 3,1 milhões do que um ano antes. No comunicado, a empresa refere que "a redução da dívida, a um ritmo mais lento, ficou a dever-se ao financiamento do projecto de expansão do edifício Impresa, e ainda, aos novos estúdios".

Para o CEO da Impresa, Francisco Pedro Balsemão, "os primeiros nove meses do ano reforçam os nossos objectivos: estamos a recentrar o nosso negócio, focando-o no audiovisual e no digital, potenciando as nossas marcas".

"Os lucros nestes primeiros novos meses, o melhor resultado da Impresa em quatro anos, mostram que estamos a cumprir o nosso Plano Estratégico. A dívida líquida continua a ser reduzida de forma faseada. Continuaremos a melhorar os resultados operacionais, através de uma maior eficiência operacional e do crescimento das receitas", acrescenta, citado no comunicado.

 

Televisão perde receitas mas melhora EBITDA


No segmento televisivo, principal fonte de receitas da Impresa, a facturação publicitária caiu 1,2%, para 68,6 milhões de euros. A empresa refere que apesar de ter beneficiado da realização do Campeonato do Mundo de futebol este ano, no terceiro trimestre registou-se uma contracção no mercado publicitário, que levou a uma quebra de 6,1% nas receitas.

As receitas de Multimédia, associadas às chamadas de valor acrescentado, sofreram uma descida de 30,6% em termos homólogos nos primeiros nove meses do ano. Para esta quebra contribuíram o final de programas como "A Vida nas Cartas" e "Juntos à Tarde".

Os custos operacionais, por seu turno, desceram 7,7%, para os 91,47 milhões de euros, fruto da "redução dos encargos com pessoal, da redução dos custos de programação - apesar do investimento nos jogos do Mundial, e ainda da menor actividade com os IVR’s [chamadas de valor acrescentado]". 

A descida nos custos permitiu uma subida do EBITDA para 13,8 milhões de euros, mais 47,9% do que um ano antes.


Publishing vê EBITDA cair apesar de aumento de receitas


O segmento de publishing da Impresa aumentou em 10% as receitas, para 18,9 milhões de euros, graças aos aumentos nas receitas em publicidade (10,8%), produtos associados (57,6%) e outras receitas (127,6%), estas últimas "alavancadas pelo contributo da unidade de Novas Soluções de Media". As receitas de circulação, contudo, caíram 3,4%.

A Impresa destaca a subida de 21,6% nas receitas digitais de circulação, que representam actualmente 14,5% da circulação total. Agregando as receitas digitais de publicidade e circulação, estas têm um peso de "quase 23% no volume de negócios da área do publishing".

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