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Impresa vende revistas a Luís Delgado por 10,2 milhões

Inicialmente não foi revelado, mas mais tarde a Impresa teve de informar que vendeu as revistas a Luís Delgado por 10,2 milhões, mas não diz o valor das imparidades que tem de registar. Impresa deixa de ter revistas, Luís Delgado diz que nasce um novo "e grande" grupo de comunicação social.

02 de Janeiro de 2018 às 16:58
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A Impresa concluiu a venda do negócio de revistas a uma empresa de Luís Delgado, denominada Trust in News. Luís Delgado, no seu próprio comunicado, é citado a dizer que as revistas, "além de serem quase todas líderes de mercado e títulos de reconhecido valor para milhares de leitores, são também um bom negócio, que factura muitos milhões de euros e tem EBITDA positivos muito
interessantes".

De acordo com o comunicado à CMVM, a Impresa informou que a Impresa Publishing "celebrou, nesta data, um contrato de transmissão do negócio atinente às publicações Activa, Caras, Caras Decoração, Courrier Internacional, Exame, Exame Informática, Jornal de Letras, TeleNovelas, TV Mais, Visão, Visão História e Visão Junior, a favor da sociedade Trust in News", com efeitos a 1 de Janeiro de 2018.

A empresa já tinha revelado que estava em negociações exclusivas para a venda do negócio de revistas a Luís Delgado. Apesar de ter informado o mercado da venda, num primeiro comunicado, o valor da operação não foi revelado. Mais tarde teve de fazer novo comunicado à CMVM, onde revelou que vendeu as revistas por 10,2 milhões de euros, mas sem dizer as imparidades que tem de registar. "O impacto contabilístico ainda não está totalmente avaliado. Decorrente deste valor, a Impresa estima incorrer em imparidades do goodwill, que estão em fase de quantificação, de custos de reestruturação, para além da avaliação do impacto fiscal", por isso, prometeu para mais tarde dizer o impacto contabilístico nas contas anuais de 2017. Conforme já tinha sido noticiado, a Impresa Publishing tem um valor de balanço de 35,6 milhões de euros, mas neste montante está incluído o Expresso. 

No âmbito deste negócio, o Expresso manteve-se na Impresa, assim como a SIC, conforme a estratégia definida por Francisco Pedro Balsemão de se concentrar "nas componentes do audiovisual e do digital". No comunicado às redacções, a Impresa acrescenta que esta estratégia passa também por continuar a "apostar na versão impressa do Expresso".

Nesse comunicado, Francisco Pedro Balsemão é citado dizendo que hoje se inicia "um novo ciclo no grupo Impresa, no qual seremos mais ágeis, mais fortes e estaremos mais preparados para o futuro".

A Impresa informa que estas revistas vão, para já, manter-se no edifício em Paço de Arcos, para "facilitar a mudança nos próximos meses", acrescentando que "integrarão o novo grupo editorial todos os trabalhadores da Impresa Publishing afectos às marcas alienadas, incluindo jornalistas, gráficos e comerciais, e que foram contratados outros que pertencem à estrutura da organização".

A Trust in News acrescenta que terá cerca de 180 trabalhadores, já que "transitaram para o novo grupo de comunicação social todas as equipas de redacção dos 12 títulos e foram feitas dezenas de outras contratações", pelo que "ficará com uma posição única na área dos media, onde será detentora de várias marcas de referência que merecem a confiança dos portugueses, com mais de 103,8 mil assinantes que são leitores fiéis". Assume-se como um "novo e grande grupo de comunicação social em Portugal", o "maior grupo de imprensa escrita em Portugal".

Mafalda Anjos, directora da Visão, acumulará essas funções com a de "publisher" dos 12 títulos.

Quem é Luís Delgado?

Luís Delgado foi jornalista, editor-executivo e sub-director do DN e da Sábado. Fundou o Diário Digital. E foi administrador da Lusa e presidente executivo da Lusomundo Media, quando esta pertencia à PT. Também foi fundador e accionista maioritário da Time Out Lisboa e Porto, e do Mercado da Ribeira/Time Out, do qual ainda é presidente. Vendeu esta participação na Time Out ao grupo londrino. AInda preside à TIme Out Market Porto, que tem o projecto em licenciamento. 
Continua o comentário político na SIC Notícias. Diz ser accionista 
da várias empresas, em sectores como imobiliário, restauração, consultoria e crowdfunding/bolsa de empréstimos, entre outros.
Criou em Dezembro a Trust in News para ficar com as revistas da Impresa. Nesta empresa o conselho de administração é composto, ainda, por Cláudia Vieira Serra Campos e Luís Passadouro.


(Notícia actualizada às 17:10 e novamente às 19:09 com valor do negócio) 
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