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Impresa dispara 3% após vender revistas por valor "muito acima do esperado"

O BPI diz ter ficado surpreendido com o valor a que a Impresa vendeu a unidade de revistas, que tem gerado prejuízos nos últimos anos.

Negócios 03 de Janeiro de 2018 às 09:03
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As acções da Impresa estão a reagir de forma favorável ao anúncio do acordo para vender a unidade de revistas a uma empresa de Luís Delgado, denominada Trust in News, por 10,2 milhões de euros.

 

Os títulos sobem 3,13% para 0,363 euros, elevando a capitalização bolsista da cotada para 60,6 milhões de euros. Este desempenho positivo surge depois de em 2017 as acções da Impresa terem somado 80%.

 

De acordo com o comunicado à CMVM, publicado após o fecho da sessão de terça-feira, a Impresa informou que a Impresa Publishing "celebrou, nesta data, um contrato de transmissão do negócio atinente às publicações Activa, Caras, Caras Decoração, Courrier Internacional, Exame, Exame Informática, Jornal de Letras, TeleNovelas, TV Mais, Visão, Visão História e Visão Junior, a favor da sociedade Trust in News", com efeitos a 1 de Janeiro de 2018.  Acrescentou que o negócio foi concretizado por 10,2 milhões de euros, sem dizer as imparidades que tem de registar. 

 

"Notícias muito positivas com um preço de venda muito acima das nossas expectativas", referem os analistas do BPI numa reacção a este negócio. "O portfolio de activos que foi vendido registou prejuízos nos últimos anos pelo que parece surpreendente o valor a que a Impresa os conseguiu vender", acrescentam.

 

O BPI salienta que o valor da venda da Impresa Publishing representa 17% da capitalização bolsista da Impresa e metade do valor da avaliação para toda a unidade, que inclui também o Expresso que não foi incluído nesta alienação. "Esperamos por isso uma reacção muito forte do mercado a este anúncio", conclui o BPI.

 

O CaixaBI também comenta a operação, adiantando que a sua avaliação para a totalidade da área de Publishing corresponde a um enterprise value (EV) de 17,4 milhões de euros, o que representa 7,6% do EV total da Impresa. Contudo, assinala que "o valor de venda divulgado não é comparável com a nossa avaliação dado que não existem dados detalhados para as revistas e para os jornais". 

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