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Impresa aumenta lucros para 2,5 milhões no primeiro semestre

A Impresa fechou a primeira metade deste ano com lucros de 2,51 milhões de euros, valor que é cerca de 30 vezes superior aos lucros de 85,6 mil euros registados no primeiro semestre de 2017, informou esta terça-feira a empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão.

A passagem dos comandos da SIC: 'Não faria sentido trabalhar numa empresa que não esta'. As palavras são de Francisco Pedro Balsemão, que assumiu a liderança da Impresa, em substituição de Pedro Norton, no dia 6 de Março de 2016. Uma mudança que marcou também a passagem dos comandos da dona da SIC para um membro da família do fundador do grupo de media, Francisco Pinto Balsemão.
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Pedro Curvelo pedrocurvelo@negocios.pt 24 de Julho de 2018 às 16:45

Os lucros da Impresa no primeiro semestre cifraram-se em 2,51 milhões de euros, quase 30 vezes superiores aos 85,6 mil euros alcançados em igual período de 2017, revelou esta terça-feira a dona da SIC e do Expresso. Estes valores expurgam os rendimentos e gastos estimados para o portefólio de revistas vendido em Janeiro à Trust In News, de Luís Delgado, por 10,2 milhões de euros.

Após um prejuízo de 632,8 mil euros nos primeiros três meses do ano, ainda assim uma melhoria homóloga de 77,1%, a Impresa registou lucros de 3,1 milhões de euros entre Abril e Junho, mais 10,6% do que um ano antes.

Entre Janeiro e Junho, o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) avançou 69,2%, para 10,2 milhões de euros, destacando-se a SIC, com um EBITDA de 11,2 milhões, o que traduz um crescimento de 56,9%. A margem EBITDA do grupo subiu de 7% para 11,8%.

As receitas totais da Impresa ascenderam a 86,8 milhões de euros até Junho, ligeiramente acima (0,2%) dos valores obtidos no primeiro semestre do ano passado. Aqui destacam-se as receitas com publicidade, no valor de 55,4 milhões de euros, que cresceram 2,3%.

Os custos operacionais recuaram 4,9%, para 76,6 milhões de euros, o que a empresa atribui à descida dos custos com programação e dos custos com pessoal, e ainda da menor actividade dos IVR (chamadas telefónicas).

A dívida líquida, incluindo locações financeiras, situava-se nos 185,7 milhões de euros, menos 3,4 milhões do que em Junho de 2017. A Impresa assinala que a "redução da divida mais lenta, especialmente no 2º trimestre de 2018, deveu-se ao financiamento do projecto de expansão do edifício Impresa, e ainda, aos novos estúdios". Em Junho passado, a Impresa vendeu o Edifício Impresa, em Paço de Arcos, ao Novo Banco tendo realizado uma operação de lease-back por um período de 10 anos pelo valor de 24,2 milhões de euros.

 

Televisão

O segmento de televisão registou uma quebra nas receitas de 2% no primeiro semestre, para os 72,8 milhões de euros. Esta descida é explicada, essencialmente, pelo decréscimo de 31,8% nas receitas de IVR (chamadas telefónicas), o que a Impresa justifica com o fim dos programas "A Vida nas Cartas" e "Juntos à Tarde".  Contudo, a empresa sublinha que "uma criteriosa gestão dos prémios e custos, permitiu aumentar a margem de contribuição, apesar da quebra do volume de receitas".

As receitas de publicidade subiram 0,9%, para 48,6 milhões de euros, com um impacto positivo do Mundial 2018. Já as receitas de subscrição de canais recuaram 1,6%, para 19,48 milhões, o que é explicado pela empresa com a desvalorização do dólar. As outras receitas sofreram uma quebra 13,2% devido à queda na venda de conteúdos.

 

Publishing

A área de publishing registou uma subida de 13% nas receitas, para os 12,7 milhões de euros. As receitas de circulação caíram 1,2%, para 4,6 milhões de euros, num período marcado pelo encerramento da edição em papel da revista Blitz e pelo aumento do preço de capa do semanário Expresso. A Impresa destaca o aumento de 24,5% nas receitas de subscrição digital do Expresso, valendo já 14,4% do total das receitas de circulação, ou seja, cerca de 663,6 mil euros.

Após a venda do portefólio de revistas, a área de publishing reúne o Expresso, Blitz, Novas Soluções de Media, Boa Cama Boa Mesa e a gestão comercial de determinadas propriedades digitais não detidas pela Impresa, incluindo, desde 2018, os sites Notícias ao Minuto e Zero Zero, para além do Linkedin em Portugal e do MSN. 

As receitas de publicidade cresceram 15,7%, somando 6,8 milhões de euros, destacando-se o segmento digital, que registou um crescimento de 58,3% no segundo trimestre.

Os produtos alternativos, que incluem os guias do Boa Cama Boa Mesa publicados, apresentaram um aumento de 53,6% nas receitas, totalizando 353,4 mil euros.

Por último, as outras receitas cresceram 98% no semestre, para 946,3 mil euros, impulsionadas pelo contributo da unidade de Novas Soluções de Media. 


CEO confiante

"O primeiro semestre demonstrou que estamos no bom caminho com o cumprimento do nosso Plano Estratégico. Estamos a recentrar o nosso negócio, focando-o no audiovisual e no digital, potenciando as nossas marcas fortíssimas e antecipando os hábitos de consumo dos portugueses. Os lucros do semestre cresceram exponencialmente, não só devido ao crescimento das receitas publicitárias em todas as nossas áreas de actuação como também pelo corte nos custos operacionais, incluindo na grelha da SIC", destaca, em comunicado, o CEO da Impresa, Francisco Pedro Balsemão.

"O segundo semestre marcará o início de uma fase muito importante para a Impresa, com a concentração da SIC e do Expresso no mesmo edifício em Paço de Arcos, o que terá certamente um impacto positivo na nossa operação", acrescenta.

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