A batalha pelos conteúdos desportivos está ao rubro. E até agora a Nos é a vencedora, tendo conquistado os direitos televisivos de mais de metade dos clubes da primeira liga.

No total, a operadora liderada por Miguel Almeida assinou contratos com 10 equipas de futebol: Benfica, Sporting, Académica de Coimbra, Belenenses, Nacional da Madeira, Marítimo, Arouca, Paços de Ferreira, Braga e Setúbal.

Os recentes acordos arrancam na época 2019-2020 e têm a duração de sete anos, à excepção do Braga que tem validade por 10 épocas. O do Benfica tem início já na próxima época por 10 anos e o do Sporting, no caso dos direitos de TV, a 1 de Julho de 2018 com a mesma duração.

Só os valores do Benfica e do Sporting foram revelados. No caso do Benfica o investimento global será de 400 milhões de euros, e inclui a distribuição da BTV. O acordo com o Sporting tem um valor de 446 milhões num total de 12 épocas e inclui a distribuição da Sporting TV, mas também o patrocínio à camisola (a partir de 1 de Janeiro de 2016) e a gestão da publicidade no estádio de Alvalade.

Segundo os jornais desportivos, o Braga deverá receber um total de 10 milhões de euros por época só pelos direitos dos jogos. O contrato não inclui patrocínio à camisola.

Os valores do Belenenses também não são conhecidos, mas o contrato não deverá incluir patrocínios.

Até ao momento, a Altice, dona da Meo, anunciou apenas contrato com o FC Porto no valor de 457,5 milhões de euros, num acordo semelhante ao da Nos com o Sporting. No entanto, também deverá fechar acordos em breve com o Boavista e com o Vitória de Guimarães, segundo informações recolhidas pelo Negócios.

No caso do Boavista, além dos direitos de transmissão dos jogos em casa, o negócio deverá também incluir o patrocínio à camisola. O contrato também será a longo prazo.

De fora da lista de acordos anunciados, até agora, encontram-se o Rio Ave, o Estoril, o Moreirense, o União da Madeira e o Tondela.

O anúncio da Nos da assinatura de oito novos contratos não surpreende, tendo em conta que Miguel Almeida, presidente executivo da operadora, já tinha avançado que queria estabelecer acordos semelhantes ao do Benfica com todos os clubes de futebol.

A Meo terá desencadeado esta batalha, depois de ter abordado o Benfica. Uma movimentação que levou a Nos a reagir, para não perder o comboio dos conteúdos exclusivos, uma estratégia que está no foco das operadoras para captarem novos clientes.