O presidente do conselho de administração afirmou ainda que a proposta de destituição, apresentada pelo Conselho Geral Independente, não está fundamentada e não será assim aceite pelo Conselho de Administração.

Alberto da Ponte afirmou esta terça-feira, 16 de Dezembro, na Comissão Parlamentar de Ética que a decisão de concorrer aos direitos televisivos de transmissão da Liga dos Campeões para as próximas temporadas foi "uma iniciativa de carácter editorial dentro dos limites da lei".

Alberto da Ponte avançou que a RTP ofereceu 5 milhões de euros por ano (15 milhões de euros no total das três épocas) para obter os direitos de transmissão da Liga dos Campeões e que estes são não só "auto-sustentáveis, como têm retorno" para a RTP. De acordo com um estudo de viabilidade pedido pela estação pública, o retorno ascende a 5,8 milhões de euros por ano, 2,8 de publicidade e 3,3 milhões de custos de oportunidade. 

A transmissão da Liga dos Campeões "é rentável e sustentável para a RTP". "É um bom investimento", garantiu Alberto da Ponte.

Alberto da Ponte revelou que soube que a RTP tinha ganho os direitos de transmissão da Liga dos Campeões no dia 19 de Novembro, dia em que o Negócios avançou que o processo tinha sido fechado por três épocas.  

O presidente do Conselho de Administração da estação pública revelou que nesse mesmo dia, após a notícia ter sido pública, ligou pessoalmente ao presidente do Conselho Geral Independente e ao ministro da tutela, Poiares Maduro, colocando-se à disposição para responder a qualquer pergunta. Alberto da Ponte avançou que até à data não obteve resposta nem do CGI, nem da tutela.

(Notícia actualizada, pela terceira vez, às 16h17 com mais informação)