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Sonae Indústria pode voltar aos resultados positivos em 2016
O CEO Rui Correia vê com optimismo a performance da empresa para este ano e admite que o grupo pode voltar aos lucros em 2016. A dívida reduz-se em 360 milhões com a parceria com a chilena Arauco.
A Sonae Indústria pode regressar aos resultados positivos em 2016, segundo admitiu esta sexta-feira 19 de Fevereiro o CEO da empresa, Rui Correia. Caso se mantenha "a conjuntura internacional, atingimos o break even com resultados positivos, com a melhoria operacional e redução do alavancamento", adiantou o responsável. Em 2015 a empresa fechou o ano com resultados líquidos negativos de 36 milhões de euros.
A empresa, que anunciou no final do ano passado uma parceria com a chilena Arauco, do sector florestal, verá a dívida reduzir-se em 360 milhões, depois dos parceiros da Sonae terem investido 137 milhões de euros na joint venture, que criou a empresa Sonae Arauco, e 222,5 milhões de euros em dívida da Sonae Indústria passarem para a nova sociedade. Actualmente a dívida da empresa está nos 570 milhões de euros.
O CEO da Sonae Indústria acredita que o processo de criação da Sonae Arauco estará finalizado no primeiro semestre. Quanto à gestão da nova empresa, Rui Correia salientou que "o que está acordado com a Arauco é um Conselho de Administração de oito membros, quatro de cada accionista" mas realçou que a Sonae Indústria é que tem o "know how". "Esse assunto ainda está a ser discutido", ressalvou Rui Correia. A sede social da empresa estará em Espanha.
Quanto a investimentos para 2016, Rui Correia referiu que a sociedade irá continuar a "investir nas unidades que tem, em linha com o que tem feito até agora". A empresa da Maia está ainda a planear apresentar um plano de investimentos "um pouco mais reforçado, e é natural que venhamos a divulgar ao longo do ano investimentos na melhoria das unidades que temos", explicou Rui Correia. Os mercados em causa são os europeus, incluindo das ex-repúblicas soviéticas.
Quanto a um aprofundamento da parceria, Rui Correia referiu apenas que "ainda temos que que fazer na Europa".
A Sonae Indústria levou a cabo um processo de reorganização de activos que passou pela venda de unidades em França e Espanha. Rui Correia adiantou que "as empresas são vivas e pode haver linhas de negócio em algumas fábricas que podemos ter que mudar. As que descontinuamos estão descontinuadas", explicou.
(Actualizado com mais informação às 11.57)