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Minas de Torre de Moncorvo querem contratar 400 pessoas
A MTI, futura concessionária do projecto, pretende antecipar o início da exploração.
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As futuras minas de ferro de Torre de Moncorvo precisam de 400 trabalhadores numa fase inicial, sendo que, posteriormente, a empresa MTI poderá contratar até 700 trabalhadores, segundo revelou ao Negócios Tiago Souza d’Alte, director executivo da futura concessionária do projecto.
"O nosso contrato inicial é para quatro anos de preparação, mas queremos tentar antecipar a entrada em funcionamento das minas", explicou o responsável e porta voz da MTI. A empresa gastou em 2013 mais de um milhão de euros em estudos e pretende, em Abril, iniciar o processo para obter a Declaração de Impacto Ambiental favorável ao projecto e, assim, antecipar o início da exploração, que está provisoriamente previsto para 2016.
A MTI, que apresenta publicamente esta tarde o resultado dos estudos de ordem de magnitude, terá depois que passar por duas fases para aferir a viabilidade do projecto e conta depois assinar um contrato de concessão com o Estado, que pode durar entre 50 e 60 anos, segundo Tiago Souza d’Alte. O investimento previsto ronda os 600 milhões de euros, sobretudo em equipamento de extracção.
A MTI foi criada em 2008 por investidores nacionais para o sector. "Estamos confiantes que não haverá obstáculos ao financiamento", explicou o director executivo da MTI.
O principal mercado para as minas será o europeu que "importa 80% do ferro" que consome, explica Tiago Souza d’Alte. Mas a facturação irá depender do preço do ferro nos mercados internacionais.
Este depósito de ferro foi explorado desde tempos históricos, mas a sua exploração moderna decorreu entre 1957 e 1986. Tiago Souza d’Alte diz que ainda há muito minério por explorar, sobretudo recorrendo às técnicas que existem actualmente.