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"Melhores esforços" dos bancos pouco ajudaram a Sonae Indústria

A banca conseguiu encontrar comprador para 2% do capital da Sonae Indústria que tinha para vender. Assim, a empresa só conseguiu vender 74,74% das suas acções. Encaixou 112 milhões dos 150 milhões pretendidos.

Miguel Baltazar/Negócios
28 de Novembro de 2014 às 17:55
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Mesmo num regime de "melhores esforços", os bancos não conseguiram encontrar compradores para o capital da Sonae Indústria que tentaram vender. Das 3.883.592.583 acções que não foram subscritas pelos accionistas e investidores no aumento de capital, e para os quais se encontrava agora subscritores institucionais, os bancos só conseguiram colocar 94.350.000. Ou 2,4%.

 

Assim, toda a operação de aumento de capital da Sonae Indústria terminou com a colocação de 74,74% das acções pretendidas, segundo o comunicado divulgado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

No momento da subscrição dos antigos accionistas e do público em geral, foram colocados 11.116.407.417 dos 15.000.000.000 títulos disponíveis. Os bancos BPI, BESI, Caixa BI e BCP comprometeram-se a fazer os "melhores esforços" para colocar as acções em falta. Mas apenas conseguiram que 94.350.000 fossem subscritas.

 

"Foram subscritas um total de 11.210.757.417 acções que correspondem a 74,74% do número total de acções objecto da oferta, resultando para a Sonae Indústria um encaixe bruto de 112.107.574,17 de euros", assinala o comunicado. 77 milhões do valor alcançado foram injectados por Belmiro de Azevedo através da empresa familiar Efanor (com a qual controla também a Sonae SGPS, do Continente). O objectivo máximo era encaixar 150 milhões de euros. O preço de subscrição era 1 cêntimo.

 

Assim, o capital social da empresa de aglomerados de madeira passou de 700 milhões para 812 milhões de euros.

 

Esta operação de aumento de capital, nomeadamente a injecção de 77 milhões de euros por parte da Efanor, permitiu à Sonae Indústria aliviar a sua situação financeira: anulou uma dívida de 150 milhões de euros e contraiu uma nova, no mesmo montante, junto da Caixa Geral de Depósitos, com condições mais vantajosas. O objectivo é refinanciar entre 300 e 325 milhões de euros de dívida.

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