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Lucros da Sonae Indústria caem para 3,8 milhões no primeiro trimestre
Os lucros da Sonae Indústria, considerando a parceria com a Sonae Arauco, fixaram-se em 3,8 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, menos 2,6 milhões do que no mesmo período do ano passado. As vendas caíram 11 milhões, para 153 milhões de euros.
A redução homóloga de 40% no EBITDA dos negócios integralmente detidos pela Sonae indústria foi o principal culpado pela queda dos lucros do grupo, considerando a Sonae Arauco, no primeiro trimestre deste ano, para 3,8 milhões de euros, menos 2,6 milhões do que no mesmo período do ano passado, explicou a empresa esta quarta-feira, 9 de Maio, em comunicado enviado para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Apesar da quebra do resultado líquido, Paulo Azevedo, presidente da Sonae Indústria, enfatizou o facto de a empresa ter atingido, "mais uma vez, resultados líquidos positivos".
Considerando ainda a participação de 50% na Sonae Arauco, "o EBITDA recorrente pro-porcional dos últimos doze meses atingiu 85 milhões de euros e o rácio de alavancagem foi de 3,8 vezes" o EBITDA, destacou também Paulo Azevedo.
"O EBITDA recorrente dos negócios integralmente detidos foi negativamente afectado pelos resultados do nosso negócio na América do Norte, que sofreram o impacto da depreciação do dólar canadiano face ao euro, e pelo aumento dos custos da madeira e energia, este último devido ao frio extremo registado na região onde a Sonae Indústria opera", justificou o presidente da Sonae Indústria no mesmo comunicado enviado à CMVM.
Apesar disso, "é de realçar que os volumes de vendas e o volume de negócios em moeda local na América do Norte foram superiores aos do ano anterior e que, apesar da margem EBITDA no trimestre ter sido menor quando comparada com os seus níveis históricos, esperamos alguma recuperação da margem nos próximos trimestres e em particular durante o segundo semestre de 2018", sublinhou Azevedo.
Em termos proporcionais, ou seja, considerando os 50% detidos na "joint venture" com a chilena Arauco, a facturação no primeiro trimestre deste ano reduziu 11,2 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado, para 153 milhões de euros.
Explica a empresa que "esta evolução deveu-se, por um lado, ao facto das duas fábricas da Sonae Arauco em Portugal, que foram atingidas pelos incêndios florestais em Outubro de 2017 terem retomado gradualmente a produção nos primeiros quatro meses de 2018 (e o montante do seguro relacionado com lucros cessantes não foi contabilizado no volume de negócios), e, por outro, devido à menor contribuição dos negócios integralmente detidos pela Sonae Indústria, explicado pelas variações cambiais desfavoráveis".
Nos resultados contabilísticos, a Sonae Indústria teve um volume de negócios consolidado de 54,3 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, menos 8,8% do que um ano antes.
Uma redução de vendas que, segundo a empresa, "deveu-se principalmente ao efeito cambial desfavorável de cinco milhões de euros que resulta da depreciação do dólar canadiano face ao euro", salientado que, "quando comparado com o trimestre anterior, o volume de negócios consolidado aumentou 2,1 milhões de euros devido ao aumento dos volumes de vendas dos negócios da América do Norte e de laminados e componentes".
O EBITDA recorrente neste período foi de 5,8 milhões de euros, menos 40,2% do que nos primeiros três meses do ano passado.
Com a parceria com a Arauco a ser consolidada pelo método de equivalência patrimonial, o investimento em empreendimentos conjuntos atingiu cerca de 210,7 milhões de euros, mais 5,1 milhões do que o valor registado no final de 2017.
(Notícia actualizada às 20:12)