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Lucros da Sonae Indústria caem para 3,8 milhões no primeiro trimestre

Os lucros da Sonae Indústria, considerando a parceria com a Sonae Arauco, fixaram-se em 3,8 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, menos 2,6 milhões do que no mesmo período do ano passado. As vendas caíram 11 milhões, para 153 milhões de euros.

407,4 Milhões de euros. As empresas do grupo Sonae viveram um ano de ganhos em bolsa. Sonae SGPS, Sonae Capital e Sonae Indústria fecharam 2017 com subidas expressivas, o que se reflectiu numa valorização de 407,4 milhões de euros no valor da fortuna da família. A 'holding' deu o maior contributo para esta mais-valia potencial, com a posição de 52,64% detida pela Efanor na retalhista a valorizar-se em 307,7 milhões de euros, após a subida em bolsa dos títulos de 28,8%. Já a Sonae Indústria, que mais do que duplicou, deu ganhos de 62 milhões de euros aos herdeiros de Belmiro.
Paulo Azevedo, presidente da Sonae Indústria.
09 de Maio de 2018 às 19:43
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A redução homóloga de 40% no EBITDA dos negócios integralmente detidos pela Sonae indústria foi o principal culpado pela queda dos lucros do grupo, considerando a Sonae Arauco, no primeiro trimestre deste ano, para 3,8 milhões de euros, menos 2,6 milhões do que no mesmo período do ano passado, explicou a empresa esta quarta-feira, 9 de Maio, em comunicado enviado para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

Apesar da quebra do resultado líquido, Paulo Azevedo, presidente da Sonae Indústria, enfatizou o facto de a empresa ter atingido, "mais uma vez, resultados líquidos positivos".

 

Considerando ainda a participação de 50% na Sonae Arauco, "o EBITDA recorrente pro-porcional dos últimos doze meses atingiu 85 milhões de euros e o rácio de alavancagem foi de 3,8 vezes" o EBITDA, destacou também Paulo Azevedo.

 

"O EBITDA recorrente dos negócios integralmente detidos foi negativamente afectado pelos resultados do nosso negócio na América do Norte, que sofreram o impacto da depreciação do dólar canadiano face ao euro, e pelo aumento dos custos da madeira e energia, este último devido ao frio extremo registado na região onde a Sonae Indústria opera", justificou o presidente da Sonae Indústria no mesmo comunicado enviado à CMVM.

Apesar disso, "é de realçar que os volumes de vendas e o volume de negócios em moeda local na América do Norte foram superiores aos do ano anterior e que, apesar da margem EBITDA no trimestre ter sido menor quando comparada com os seus níveis históricos, esperamos alguma recuperação da margem nos próximos trimestres e em particular durante o segundo semestre de 2018", sublinhou Azevedo.

Em termos proporcionais, ou seja, considerando os 50% detidos na "joint venture" com a chilena Arauco, a facturação no primeiro trimestre deste ano reduziu 11,2 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado, para 153 milhões de euros.

 

Explica a empresa que "esta evolução deveu-se, por um lado, ao facto das duas fábricas da Sonae Arauco em Portugal, que foram atingidas pelos incêndios florestais em Outubro de 2017 terem retomado gradualmente a produção nos primeiros quatro meses de 2018 (e o montante do seguro relacionado com lucros cessantes não foi contabilizado no volume de negócios), e, por outro, devido à menor contribuição dos negócios integralmente detidos pela Sonae Indústria, explicado pelas variações cambiais desfavoráveis".

Nos resultados contabilísticos, a Sonae Indústria teve um volume de negócios consolidado de 54,3 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, menos 8,8% do que um ano antes.

 

Uma redução de vendas que, segundo a empresa, "deveu-se principalmente ao efeito cambial desfavorável de cinco milhões de euros que resulta da depreciação do dólar canadiano face ao euro", salientado que, "quando comparado com o trimestre anterior, o volume de negócios consolidado aumentou 2,1 milhões de euros devido ao aumento dos volumes de vendas dos negócios da América do Norte e de laminados e componentes".

 

O EBITDA recorrente neste período foi de 5,8 milhões de euros, menos 40,2% do que nos primeiros três meses do ano passado.

 

Com a parceria com a Arauco a ser consolidada pelo método de equivalência patrimonial, o investimento em empreendimentos conjuntos atingiu cerca de 210,7 milhões de euros, mais 5,1 milhões do que o valor registado no final de 2017.


(Notícia actualizada às 20:12)

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