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Moreira da Silva tem nova opção de compra de acções da Sonae Indústria
O vice-presidente da Sonae Indústria tem até 2021 para exercer uma opção de compra de até 4,5% do capital da empresa. A anterior opção fica sem efeito.
A Sonae Indústria anunciou esta segunda-feira que o seu vice-presidente, Carlos Moreira da Silva, assinou um contrato com a Pareuro (sua maior accionista), que lhe permite exercer uma opção de compra de 2 milhões de acções da Sonae Indústria, equivalentes a 4,4% do capital da empresa.
Este contrato foi anunciado precisamente no dia em que expirava um outro acordo, celebrado em 2016, que permitia à empresa de Moreira da Silva (a Teak) adquirir 1.702.620.000 acções da Sonae Indústria, num negócio que poderia ascender a 22,5 milhões de euros e correspondia a 15% do capital da empresa.
De acordo com o comunicado hoje emitido, este acordo celebrado a 22 de Fevereiro de 2016 "fica sem efeito". Desde então a Sonae Indústria realizou um aumento de capital e agrupou as acções.
O novo acordo, segundo o comunicado, permite à Teak em alternativa ao exercício da opção, "exigir da Pareuro o pagamento da diferença entre o Valor de Mercado das acções objecto da opção e o preço de exercício da opção sobre as mesmas, pagamento esse a efectuar mediante a entrega de acções da Sonae Indústria valorizadas ao Valor de Mercado".
Foi no final de 2014 que Carlos Moreira da Silva regressou, pela terceira vez, ao conselho de administração da Sonae Indústria, onde detém o cargo de vice-"chairman".
Moreira da Silva tinha saído da Sonae Indústria em 2005, para assumir o controlo da Barbosa & Almeida (BA) - entretanto redesignada BA Vidro, através de uma operação de "management buy out". Mais tarde, a Sonae cedeu-lhe o controlo da vidreira.
Carlos Moreira da Silva detém acções que lhe conferem 40% dos direitos de voto" da Teak, enquanto a sua esposa Fernanda Arrepia, com a qual está casado "com separação de pessoas e bens", detém 45% dos direitos de voto da mesma.
A Sonae Indústria é detida em 68% pela Efanor, "holding" da família Azevedo que controla a Pareuro.