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Compra da Smithfield leva acções da Campofrio a atingirem máximos de seis meses
A maior produtora chinesa de carne de porco, Shuanghi International, comprou a principal accionista da espanhola Campofrio, o que impulsionou o desempenho da cotada esta manhã, em Madrid.
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O grupo Campofrio atingiu máximos de seis meses, na bolsa de Madrid nesta sessão, chegando a somar 8,9%, segundo a agência Bloomberg. A impulsionar a cotada esteve o anúncio de que a Shuanghi International terá acordado comprar a Smithfield Foods, detentora de 37% da Campofrio e sua principal accionista.
João Safara Silva, analista do BPI explica, numa nota de análise, que poderá “eventualmente” acontecer algo com a Campofrio, e “o mercado está a assumir que a Shuanghi poderá lançar uma proposta de compra” pela parte da empresa espanhola que a Smithfield ainda não detém. De qualquer modo, uma vez concluído o acordo, a Campofrio poderá “beneficiar de algumas sinergias internacionais”, explica o analista.
A Shuanghi, maior produtora chinesa de carne de porco, acordou comprar a Smithfield por 4,7 mil milhões de dólares, de forma a aumentar a oferta de carne na China, o país que mais consome carne no mundo.
Em Portugal, o grupo Campofrio detém as companhias: Indústrias de Carne Nobre e Fricarnes. Os restantes accionistas da Campofrío, com sede em Madrid e fábricas em vários países, como Portugal, são o fundo Oaktree Capital (24%), a Caja Burgos (4%), Pedro e Fernando Balvé (12%) e a família Díaz.
Numa nota de análise divulgada esta manhã, o BPI Equity Research considera que a compra da Smithfield pela Shuanghi International tem um efeito neutral no desempenho da Campofrio, mantendo o preço-alvo da cotada nos 6,20 euros, por acção.
A Campofrio perde 0,36% para 5,50 euros, em Madrid.