A Cimpor iniciou na passada terça feira um processo de reestruturação que afectará cerca de 1% dos seus colaboradores em países como Brasil, Argentina e Portugal, adiantou ao Negócios fonte oficial da cimenteira, acrescentando que em Portugal "este processo cinge-se a cerca de 25 profissionais".

De acordo com a mesma fonte, a redução de pessoal será feita nas áreas "corporativa e de suporte ao negócio" e "staff" da unidade de negócio Portugal e Cabo Verde, "não abrangendo qualquer redução nas unidades fabris da Cimpor", garantiu.

A decisão da empresa é, segundo explicou, "fruto da desaceleração económica sentida em geografias-chave para a sua actividade e perante os desafios em perspectiva para 2016 no seu universo de actuação". Motivos, acrescentou, para a que a companhia esteja a implementar "um conjunto de medidas estruturais de adequação ao presente contexto".

A Cimpor, controlada pela InterCement, do grupo Camargo Corrêa, está presente em oito países de três continentes, contando com cerca de 9 mil colaboradores. A redução de pessoal agora iniciada afectará um total de 90 trabalhadores do grupo.

A InterCement, que detém 94,2% da Cimpor, avançou nas últimas semanas com um plano de venda de activos, tendo já chegado a acordo para a venda de nove centrais de produção de betão no Brasil, segundo foi noticiado na semana passada o jornal brasileiro Valor Económico.

Além da venda destas unidades, a Camargo Corrêa está ainda à procura de um parceiro minoritário para a InterCement, responsável por um terço da receita do grupo.