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Rendas voltam a disparar a dois dígitos no segundo trimestre

No segundo trimestre de 2021, a renda mediana dos novos contratos de arrendamento em Portugal fixou-se em 6,03 euros por metro quadrado, mais 11,5% do que no ano passado.

A guerra de “spreads” intensificou-se nos últimos anos, com os bancos a tentarem novos clientes no crédito à habitação.
Sérgio Lemos
28 de Setembro de 2021 às 11:07
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Depois de um período marcado por um forte abrandamento da subida das rendas da habitação, os valores voltaram a disparar a dois dígitos. Esta tendência é menos evidente nas grandes cidades, onde os preços crescem a ritmo menos acelerado. Em Lisboa e no Porto, as rendas voltaram a cair.

Os dados foram divulgados esta terça-feira, 28 de setembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que, no segundo trimestre de 2021, a renda mediana dos novos contratos de arrendamento em Portugal fixou-se em 6,03 euros por metro quadrado. Este valor corresponde a um aumento de 11,5% em relação ao segundo trimestre de 2020, uma taxa de variação que é mais do dobro daquela que tinha sido registada no primeiro trimestre deste ano, de 5,3%.

Isto num período em que o número de novos contratos de arrendamento cresceu de forma expressiva. No segundo trimestre, foram celebrados 20.568 contratos de arrendamento, o que representa um aumento de 49,3% em relação a igual período do ano passado. A explicar este movimento, justifica o INE, está o facto de o segundo trimestre de 2020 ter sido "particularmente afetado pela pandemia e pelas medidas de confinamento implementadas para a sua contenção".

A tendência de crescimento das rendas foi transversal à maioria do país, verificando-se em 20 das 25 sub-regiões analisadas pelo INE. Aqui, destacam-se as sub-regiões do Oeste, onde as rendas aumentaram mais de 12%, de Aveiro, com uma subida de 11,9%, da Madeira, onde houve um crescimento de 11,3% e a Área Metropolitana do Porto, que regista uma subida de 10,2%. Já os Açores apresentam a maior queda das rendas, de 6,5%.

A exceção a este comportamento são as grandes cidades, onde o ritmo de crescimento foi menos acelerado. No segundo trimestre, houve mesmo sete municípios com mais de 100 mil habitantes onde as rendas caíram: Porto, Lisboa, Loures, Oeiras, Vila Franca de Xira, Vila Nova de Famalicão e Leiria.

Apesar da queda, que é já a segunda consecutiva, Lisboa mantém-se como a cidade com as rendas mais caras do país. No segundo trimestre, o valor mediano das rendas nos novos contratos celebrados em Lisboa fixou-se em 11 euros por metro quadrado, o que corresponde a uma queda de 3,2% face a igual período do ano passado. Mesmo assim, este valor é mais de 80% superior à mediana nacional.

Já no caso do município do Porto, a renda mediana caiu 0,2% no segundo trimestre, para 8,77 euros por metro quadrado.

Notícia atualizada pela última vez às 12h00 com mais informação.
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