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Rendas já caem em Lisboa e no Porto, mas voltam a acelerar no resto do país

O valor mediano das rendas em Portugal fixou-se em 5,80 euros por metro quadrado no primeiro trimestre de 2021, um aumento homólogo de 5,5%. Em sentido contrário, o número de novos contratos de arrendamento caiu.

Bruno Colaço
29 de Junho de 2021 às 11:16
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O crescimento das rendas voltou a acelerar, a nível nacional, no primeiro trimestre deste ano, depois de no final de 2020, ter sido registado um forte abrandamento. Contudo, nas maiores cidades, já há quedas notórias dos valores. Em Lisboa, as rendas caíram mais de 9% no primeiro trimestre, enquanto no Porto foi registada uma queda de quase 7%.

Os dados foram divulgados esta terça-feira, 29 de junho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que passa agora a divulgar também a evolução das rendas com periodicidade trimestral, e não apenas semestral.

Segundo a informação agora publicada, o valor mediano das rendas de alojamentos familiares, nos novos contratos de arrendamento, fixou-se em 5,80 euros por metro quadrado no primeiro trimestre de 2021, um aumento de 5,5% face a igual período do ano anterior. Esta taxa representa uma aceleração face ao aumento que tinha sido registado no último trimestre de 2020, de 3,8%.

Os dados do INE, ainda provisórios, mostram também que, no primeiro trimestre, foram celebrados 19.472 novos contratos de arrendamento de habitação, número que representa uma queda de 6,5% face ao último trimestre de 2020.

A evolução das rendas foi, contudo, muito díspar por todo o país. Entre as 25 regiões analisadas pelo INE, as rendas aumentaram, no primeiro trimestre, em 16 delas. Destas, há aumentos a dois dígitos em duas regiões: Alto Minho, onde as rendas aumentaram 11,2%, para 4,26 euros por metro quadrado; e Terras de Trás-os-Montes, onde se registou um crescimento de 27,1%, para 3 euros por metro quadrado.

Nas restantes nove regiões analisadas pelo INE, as rendas caíram ou ficaram estagnadas. A maior queda verificou-se no Baixo Alentejo, onde as rendas recuaram 9%, para 3,75 euros por metro quadrado, seguindo-se a Região Autónoma dos Açores, onde houve uma diminuição de 4,3%, para os 3,76 euros por metro quadrado.

A disparidade na evolução das rendas é ainda mais notório na análise às maiores cidades do país. No primeiro trimestre, as rendas aumentaram em dez dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes: Gondomar, Santa Maria da Feira, Loures, Seixal, Sintra, Vila Franca de Xira, Barcelos, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Coimbra.

Nas restantes grandes cidades, as rendas caíram ou ficaram estagnadas. A queda mais acentuada, de 12%, registou-se em Matosinhos. Mas é a evolução das rendas nas áreas metropolitanas que o INE destaca. No município de Lisboa, as rendas caíram 9,2% e fixaram-se em 10,99 euros por metro quadrado, mantendo-se como a cidade mais cara do país. Já no Porto, as rendas caíram 6,7%, para 8,30 euros por metro quadrado, enquanto em Almada a queda foi de 1,1%, para 8,29 euros por metro quadrado.

Notícia atualizada pela última vez às 11h40 com mais informação.
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