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Rendas de escritórios em Lisboa e Porto devem estabilizar este ano

As rendas de escritórios no segmento "prime" em Lisboa deverão manter-se estáveis este ano, enquanto no Porto poderá ocorrer um aumento muito ligeiro nos preços. Preços deverão subir nos anos seguintes com o aparecimento de novos projetos.

18 de Janeiro de 2019 às 19:45
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As rendas de escritórios no segmento "prime" em Lisboa deverão manter-se estáveis este ano, enquanto no Porto poderá ocorrer um aumento muito ligeiro nos preços, indicou ao Negócios a consultora Savills Portugal.

De acordo com a consultora imobiliária, na capital portuguesa "os valores de renda prime deverão manter a sua estabilidade entre os 20 e os 21 euros/m2/mês, não se prevendo uma escalada expressiva pela falta de entrada e oferta de produto prime". A taxa de disponibilidade em Lisboa situa-se nos 8%, assinala.

No entanto, "o cenário começará a mudar no decorrer ano 2020 e nos dois anos consecutivos, altura em que está previsto iniciar-se a entrada de novos projetos que irão elevar a fasquia da renda prime. Em termos de valores, podemos esperar que a renda prime atinja os 23 euros/m2/mês", refere a Savills Portugal.

Já no Porto, a consultora aponta para que este ano "será para consolidação de valores, sendo expectável que nos seguintes possa haver uma valorização, justificada pela entrada no mercado de edifícios novo e modernos que estão atualmente em construção".

Apesar de haver muita procura, "existe pouca ou nenhuma oferta, o que faz com que não seja suficiente para representar um aumento de rendas significativo", indica. No ano passado, a renda prime na Invicta atingiu um máximo histórico de 18 euros/m2/mês, segundo dados revelados este mês pela consultora Cushman & Wakefield.

"As cidades de Lisboa e Porto irão manter a sua posição muito favorável como destinos top para o estabelecimento de atividades de empresas multinacionais, com destaque para empresas pertencentes ao setor das TMT´s & Utilities, e em particular para as atividades de Business Shared Services", considera, por seu turno, Rodrigo Canas, diretor da área de escritórios da Savills Portugal, citado num comunicado da Savills Portugal.

Este "será também um ano em que os proprietários de edifícios com características obsoletas, serão postos à prova e estarão em competição com outros modelos de ocupação mais atuais, como por exemplo de co-working, adaptadas às novas formas de organização e de trabalho", conclui.

Rendas devem subir em média 3,4% na Europa

A Savills divulgou esta semana um estudo sobre o mercado de escritórios na Europa, prevendo que as rendas sofram um aumento médio de 3,4% "impulsionado pelos baixos níveis de desemprego e pela falta de produto prime".

A criação de emprego, nomeadamente na área de ciências e tecnologia, na União Europeia irá exercer uma "pressão crescente sobre as rendas, à medida que a concorrência por espaços prime se intensifica".

A consultora assinala que Berlim registou mais de 15% de crescimento médio de arrendamento prime em 2018, seguido por Oslo (10,9%) e Paris (9,7%).

Para este ano, a Savills antecipa que "os escritórios de primeira linha em Milão, Frankfurt, Barcelona e Dublin, em particular, fiquem ainda mais caros para os ocupantes, com aumentos de 9,1%, 6,6%, 6,4% e 6,3%, respetivamente".

O diretor de European Research da Savills, Eri Mitsostergiou, citado em comunicado, refere que "a taxa de disponibilidade média situava-se em 6,1% no 3.º trimestre de 2018, abaixo dos 6,9% no final de 2017, e estimamos que tenha caído para 5,9% no final de 2018".

"Berlim (1,4%), Hamburgo (4,5%), Munique (2,5%) e Estocolmo (3,0%) praticamente não têm espaços de escritórios disponíveis. Como resultado, esperamos que em 2019, os valores das rendas nestas cidades em particular, continuem a subir acima da média este ano", acrescenta.

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