Notícia
Fundo da KKR corta dividendo. Enfrenta perdas com hipotecas problemáticas
A KKR Real Estate Finance Trust revelou que vai cortar o dividendo, depois de ter registado perdas em alguns créditos comerciais. O refinanciamento deverá ser um problema maior com as taxas de juro em terreno restritivo.
Os títulos da KKR Real Estate Finance Trust - que investe em créditos hipotecários para fins comerciais - chegaram a afundar quase 20% esta quarta-feira depois de a empresa ter anunciado que vai reduzir o seu dividendo para lidar com alguns empréstimos problemáticos.
O fundo de investimento em imobiliário da Kohlberg Kravis Roberts (KKR) - a mesma empresa que tem atualmente a decorrer uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) à Greenvolt - anunciou uma redução da remuneração acionista em 42% para 25 cêntimos por ação.
A empresa revelou perdas de 59 milhões de dólares com um edifício em Filadelfia, nos EUA, e acrescentou dois ativos multifamiliares - na Carolina do Norte e em San Diego e ainda uma outra propriedade em Seattle - à sua lista de vigilância.
As ações chegaram a tombar 19,97% para 9,42 dólares na abertura da sessão em Wall Street esta quarta-feira.
Os empréstimos de propriedades comerciais nos Estados Unidos têm estado sob os holofotes do mercado, depois de o New York Community Bancorp (NYCB) ter anunciado que ia proceder a um corte do seu dividendo, para ter mais capital, e reportou prejuízos inesperados.
O banco norte-americano justificou as perdas com um aumento já esperado do crédito malparado – sendo que muitos desses empréstimos estavam endossados a imobiliário comercial, sobretudo edifícios de escritórios.
Na terça-feira a Moody's desceu o "rating" da instituição de Baa3 para Ba2, o segundo nível mais elevado da categoria de "lixo". Também a Fitch optou por reduzir a classificação da dívida do NYCB para BBB-, o nível mais baixo antes de ser considerado "lixo".
A questão dos créditos sobre imobiliário comercial remonta a 2022, quando a Reserva Federal iniciou o seu percurso de agravamento das taxas de juro de referência para baixar a inflação. O cenário pode levar a que os imóveis tenham de ser refinanciados a custos mais elevados quando os empréstimos existentes terminarem.
Há mais de um bilião de dólares em créditos comerciais a atingirem a maturidade nos próximos dois anos, segundo números compilados pela Bloomberg. Estes empréstimos estão espalhados entre bancos de menor e maior dimensão, seguradoras e fundos de investimento em imobiliário.
Esta terça-feira, a secretária de Estado do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, mostrou-se preocupada com o impacto do imobiliário comercial nos bancos e proprietários, mas revelou que a situação pode ser gerível através de assistência por parte dos reguladores.
Yellen explicou que os refinanciamentos dos empréstimos para imóveis comerciais, num cenário de elevadas taxas de juro e menos ocupação dos espaços devido a uma mudança para o teletrabalho, "vai colocar muito stress nos detentores destas propriedades".
O fundo de investimento em imobiliário da Kohlberg Kravis Roberts (KKR) - a mesma empresa que tem atualmente a decorrer uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) à Greenvolt - anunciou uma redução da remuneração acionista em 42% para 25 cêntimos por ação.
As ações chegaram a tombar 19,97% para 9,42 dólares na abertura da sessão em Wall Street esta quarta-feira.
Os empréstimos de propriedades comerciais nos Estados Unidos têm estado sob os holofotes do mercado, depois de o New York Community Bancorp (NYCB) ter anunciado que ia proceder a um corte do seu dividendo, para ter mais capital, e reportou prejuízos inesperados.
O banco norte-americano justificou as perdas com um aumento já esperado do crédito malparado – sendo que muitos desses empréstimos estavam endossados a imobiliário comercial, sobretudo edifícios de escritórios.
Na terça-feira a Moody's desceu o "rating" da instituição de Baa3 para Ba2, o segundo nível mais elevado da categoria de "lixo". Também a Fitch optou por reduzir a classificação da dívida do NYCB para BBB-, o nível mais baixo antes de ser considerado "lixo".
A questão dos créditos sobre imobiliário comercial remonta a 2022, quando a Reserva Federal iniciou o seu percurso de agravamento das taxas de juro de referência para baixar a inflação. O cenário pode levar a que os imóveis tenham de ser refinanciados a custos mais elevados quando os empréstimos existentes terminarem.
Há mais de um bilião de dólares em créditos comerciais a atingirem a maturidade nos próximos dois anos, segundo números compilados pela Bloomberg. Estes empréstimos estão espalhados entre bancos de menor e maior dimensão, seguradoras e fundos de investimento em imobiliário.
Esta terça-feira, a secretária de Estado do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, mostrou-se preocupada com o impacto do imobiliário comercial nos bancos e proprietários, mas revelou que a situação pode ser gerível através de assistência por parte dos reguladores.
Yellen explicou que os refinanciamentos dos empréstimos para imóveis comerciais, num cenário de elevadas taxas de juro e menos ocupação dos espaços devido a uma mudança para o teletrabalho, "vai colocar muito stress nos detentores destas propriedades".