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Taxa da energia paga pela Galp, EDP e REN mantém-se em 2018
A taxa extraordinária que entrou em vigor em 2014 vai voltar a vigorar em 2018, segundo a versão final do OE 2018. O Estado prevê arrecadar 120 milhões de euros no próximo ano com a CESE, mais 26% face a 2017.
"Mantém-se em vigor em 2018 a contribuição extraordinária sobre o setor energético", pode-se ler na versão final da proposta para o Orçamento do Estado de 2018, divulgada esta sexta-feira, 13 de Outubro.
Criada pelo Governo de Pedro Passos Coelho, desde a sua entrada em vigor em 2014 que a taxa tem sido bastante criticada e alvo de lutas judiciais. A Galp foi a primeira a avançar para tribunal e desde o início que recusa pagar a taxa.
A REN foi a segunda empresa a avançar para tribunal, mas tem optado por pagar a taxa, ao mesmo tempo que litiga.
A EDP foi a última das três grandes energéticas a ir para tribunal contestar a CESE. Em Janeiro deste ano, a companhia liderada por António Mexia deu entrada com a sua acção no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa.
Em Janeiro de 2016 saiu a primeira decisão, com o tribunal arbitral a dar razão ao Estado em detrimento da REN. Esta é a única decisão conhecida dos diversos outros processos que continuam a decorrer em tribunal.
A CESE cobrada em 2017 teve como destino o Fundo para a Sustentabilidade Sistémica do Sector Energético (FSSSE), um mecanismo com várias finalidades: contribuir para a promoção do equilíbrio e sustentabilidade sistémica do sector energético e da política energética nacional, através do financiamento de políticas do sector energético de cariz social e ambiental, relacionadas com medidas de eficiência energética.