A REN continua a contestar a Contribuição Extraordinária do Sector Energético (CESE) nos tribunais. A companhia tem procedido aos pagamentos da taxa da energia, mas continua a lutar contra o Estado em tribunal.

Durante a apresentação de resultados anuais da empresa, o presidente executivo da REN destacou o peso que a taxa tem nas suas contas (lucros de 100 milhões em 2016) em comparação com a Galp (lucros de 483 milhões) e a EDP (lucros de 961 milhões).  

"O que já pagámos equivale a um ano de lucros da REN", disse Rodrigo Costa esta quinta-feira, 30 de Março, em referência aos quatro anos em que a CESE está em vigor. A REN pagou 25 milhões desta taxa em 2016. Incluindo 2017, a companhia já pagou um valor a rondar 100 milhões.

"Continuamos a pagar sob protesto. Operamos com margens pequenas e temos que pagar um imposto extra de 25% do nosso resultado", destacou o gestor.

"Esta foi uma empresa que foi privatizada com determinadas condições com captação de capital estrangeiro. Nem um ano tinha passado e fomos postos perante esta situação. Tomámos logo a decisão de fazer o pagamento da CESE e tentar ver nos tribunais se tínhamos razão ou não", afirmou o líder da REN. "O nome é extraordinário, esperemos que não seja extraordinário permanente".