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Lucros da REN baixam para 100 milhões em 2016  

A comparação dos resultados líquidos é penalizada pelas mais-valias obtida em 2015 com a venda da posição na Enagas. Os resultados ficaram em linha com o esperado pelos analistas.

Miguel Baltazar
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O resultado líquido da REN registou uma queda de 13,7% para 100,2 milhões de euros no ano passado, com a empresa a ser penalizada pela ausência da mais-valia que beneficiou os lucros em 2015 (venda da posição na espanhola Enagas e um crédito fiscal de 9,9 milhões de euros), ano em que obteve um resultado líquido de 116,1 milhões de euros.

 

Sem contabilizar efeitos extraordinários, os lucros recorrentes subiram 6,8% para 126,1 milhões de euros. O EBITDA baixou 2,8% para 476 milhões de euros.

 

Os números saíram em linha com as estimativas dos analistas. O CaixaBI apontava para lucros de 101 milhões de euros e um EBITDA de 472 milhões de euros.

 

Em comunicado enviado à CMVM, a empresa liderada por Rodrigo Costa diz que a "diminuição no EBITDA deveu-se essencialmente à mais-valia obtida em 2015 com a venda da participação da REN na Enagás", bem como à diminuição da taxa de remuneração média dos activos de gás, de 7,34% para 6,70%, sendo que esta decisão do regulador foi parcialmente compensada por uma regulação mais favorável no sector da electricidade.

 

A Contribuição Extraordinária sobre o Sector Energético (CESE), por seu turno, pesou 25,9 milhões de euros nas contas da empresa apresentadas esta quinta-feira, 30 de Março.

Com impacto positivo, os resultados financeiros baixaram 19,2% para -79,9 milhões de euros, beneficiando com a redução do custo da dívida. O custo médio baixou quase 1 ponto percentual para 3,2%, sendo que a dívida líquida ficou estável em 2.477,7 milhões de euros.

 

O investimento ascendeu aos 171,5 milhoes, uma queda face aos 240 milhoes em 2015. "Temos poucas oportunidades em Portugal porque no sistema como um todo não há necessidades de investimentos. Decidimos em 2015 procurar oportunidades fora do país e conseguimos", disse o presidente executivo da empresa Rodrigo Costa em referência à compra da Electrogas no Chile que teve lugar em 2016.

No comunicado enviado à CMVM, a REN assinala que em 2016 "continuou a ser lesada pela contribuição extraordinária imposta ao sector energético", sendo que "num contexto de melhoria contínua das condições macroeconómicas portuguesas, a REN soube tirar partido da conjuntura de mercado, refinanciando parte da sua dívida em condições mais competitivas.

(Notícia actualizada às 17:30 com mais informação)

 

  

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