Notícia
Sonangol vai "desinvestir" na distribuição de combustíveis com a Galp
Depois do fim da parceria para a gestão de postos de combustíveis em Portugal, a petrolífera estatal prevê abandonar a sociedade conjunta que ainda opera uma rede de 13 postos em Angola, noticia o Público.
O "desinvestimento na Sonangalp", uma sociedade criada entre a Sonangol e a Galp para a venda de combustíveis em Angola, é uma das orientações estratégicas traçadas pelo presidente da petrolífera estatal angolana, Francisco de Lemos. Em 2014, esta actividade gerou proveitos operacionais negativos no valor de 86 mil euros.
Segundo o Público, que cita um documento interno apresentado pelo gestor em meados de Maio, parece estar cada vez mais próximo o fim da parceria entre as duas empresas – a Sonangol detém 51% e a Galp 49% –, através da qual operam uma rede de 13 postos de combustíveis em Luanda, Bengo e Kwanza Sul.
A saída do capital desta sociedade por parte da Sonangol, que através de outras participadas domina a distribuição de combustíveis naquele país africano, obrigaria a empresa portuguesa a procurar outro accionista parceiro para aquela operação. Em Dezembro de 2014, as duas petrolíferas já tinham desfeito uma parceria similar (na Sopor era a Galp a maioritária) através da qual geriam postos de combustíveis em Portugal.
O desinvestimento na Sonangalp faz parte de um relatório interno mais amplo, noticiado na última edição do Expresso, que alerta para o risco de a Sonangol entrar em falência técnica e adianta que, sem o apoio do Tesouro angolano, dificilmente consegue "mover-se por si própria". O semanário cita ainda declarações do líder da petrolífera angolana em que reconhece que o modelo operacional da empresa "fracassou e está falido".