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Mais de três mil portugueses já abandonaram Angola

A queda do preço do petróleo e o travão ao investimento estão a provocar o regresso de portugueses que trabalham no sector da construção em Angola. São já três mil desde o início do ano, noticia o Jornal de Notícias.

Negócios 30 de Junho de 2015 às 09:07
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Os números são do Sindicato da Construção, cujo presidente Albano Ribeiro avisa que "muitos mais trabalhadores se seguirão". Em Abril, o sindicato já tinha avisado que havia milhares de trabalhadores em Angola com salários em atraso. Aparentemente, esse problema terá sido solucionado, mas não propriamente com um final feliz. "As empresas não têm condições para se manter e os trabalhadores estão a regressar", refere Albano Ribeiro ao JN, dando o exemplo do grupo ACA, "que não tem salários em atraso, mas mesmo assim vai fazer regressar a Portugal 150 trabalhadores".

 

O dirigente sindical teme que este regresso de portugueses faça engrossar ainda mais as filas dos centros de emprego em Portugal, uma vez que apenas empresas que "têm obras noutros países, como Alemanha e França, é que estão a reorientar o seu pessoal".

 

Também em declarações ao JN, Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário deixa a pergunta: "As empresas portuguesas continuam a ver Angola como um projecto a longo prazo e, perante esta crise, muitas redimensionaram-se, para aguentar, mas por quanto tempo?"

 

Angola está a atravessar um período de crise desde que o preço do petróleo iniciou uma descida acentuada na segunda metade de 2014, da qual ainda não recuperou este ano. Com uma economia muito dependente do ouro negro, tem-se observado um efeito dominó, com graves problemas de liquidez em sectores como a construção.

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