Notícia
PGR: Mexia e Pinho serão interrogados em "momento oportuno"
Apesar de terem sido constituídos arguidos, nenhum dos oito arguidos no processo dos CMEC foi ainda interrogado.
Apesar do processo dos CMEC já contar com oito arguidos, nenhum foi ainda interrogado pelas autoridades. Manuel Pinho é o arguido mais recente na investigação levada a cabo pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), mas tal como os restantes sete arguidos também não foi interrogado.
"Este arguido e os restantes já constituídos nos autos serão interrogados em momento oportuno, após a análise, por parte do Ministério Público, da prova recolhida no âmbito da investigação. Esse trabalho de análise da documentação apreendida encontra-se em curso", disse fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR) numa nota enviada ao Negócios esta terça-feira, 4 de Julho.
A Operação Ciclone, o nome de código para esta investigação, conta com outros seis arguidos: João Manso Neto (administrador da EDP), João Faria Conceição (administrador da REN e antigo assessor do ex-ministro Manuel Pinho), Pedro Furtado (responsável de regulação na REN), Rui Cartaxo (adjunto de Manuel Pinho no Governo entre 2006 e 2007), Pedro Resende e Jorge Machado (antigos vogais do conselho de administração da EDP).
O Ministério Público está a investigar os acordos assinados entre o Governo de José Sócrates em 2007 e a EDP, que formalizaram a entrada em vigor do mecanismo CMEC (Custos para a Manutenção de Equilíbrio Contratual), ou a extensão da concessão de 27 barragens à EDP, sem concurso público.
O inquérito, levado a cabo pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), está a investigar "factos susceptíveis de integrarem os crimes de corrupção activa, corrupção passiva e participação económica em negócio". As autoridades já efectuaram buscas à EDP, REN e à consultora Boston Consulting Group (BCG).